OAB-PI entra com representação contra diretor da Irmão Guido

A representação é por conduta abusa do diretor

|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Piauí, ingressou com representação disciplinar junto à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Piauí e criminal na Procuradoria Geral de Justiça do Piauí contra o diretor da Penitenciária Irmão Guido, Fábio Keyller de Siqueira Nunes, em virtude de conduta abusiva do mesmo.

De acordo com a OAB-PI, o agente cometeu crime de abuso de autoridade (Lei 4.898/65, art. 3º, alínea j) ao tentar impedir que a advogada Joselda Nery tivesse acesso ao seu cliente no último dia 10 de novembro deste ano, atentando, ainda, contra as prerrogativas profissionais da mesma, asseguradas pelo Estado da Advocacia e da OAB (Lei 8.906/94, artigos 6º e 7º). A causídica só teve contato com o constituinte com a intervenção da Comissão de Defesa das Prerrogativas da Seccional, após cerca de quatro horas de espera.

O artigo 7º do Estatuto da Advocacia assegura que é direito do advogado “comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis”. Ademais, a Lei de Execução Penal (Lei 7.210/1984), em seu artigo 41, inciso IX, estabelece que “constitui direito do preso entrevista pessoal e reservada com o advogado”.

Dessa forma, a entidade requereu que o Ministério Público do Estado instaure investigação penal contra Fábio Keyller, a fim de que se promova denúncia e, ao final, sejam aplicadas as sanções penais cabíveis pela prática do crime de abuso de autoridade. Para a Secretaria de Justiça, foi solicitado que seja determinado, de imediato, o afastamento do diretor da unidade prisional de suas funções, a fim de impedir nova ocorrência de excesso da mesma natureza, além da apuração das infrações disciplinares relatas na representação e aplicação das sanções cabíveis.

“As prerrogativas não são privilégios, mas direitos assegurados por lei federal. A OAB seguirá firma na defesa intransigente desses direitos, a fim de assegurar aos advogados do Estado uma atuação livre e independente”, assegurou o presidente da OAB-PI, Willian Guimarães. “Estamos cobrando das autoridades responsáveis a investigação desse caso, bem como a adoção das medidas cabíveis para que práticas como essa não voltem a ocorrer”, completou.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES