Obama pede paciência e diz que guerra no Afeganistão “vale a pena”

O discurso de Obama vem três dias antes da segunda eleição presidencial no Afeganistão

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 O presidente americano, Barack Obama, pediu paciência nesta segunda-feira e advertiu que a vitória sobre os terroristas do grupo islâmico radical Taleban no Afeganistão não será rápida ou simples.

O discurso no Arizona, no sudoeste dos Estados Unidos, visa reforçar o apoio popular à guerra de quase oito anos no Afeganistão, a poucos dias da eleição presidencial no país asiático, que é vista como um teste para a sua nova estratégia. "A insurreição no Afeganistão não surgiu da noite para o dia", disse Obama em um encontro com os Veteranos de Guerras no Exterior. "Não a derrotaremos da noite para o dia. Não será rápido. Não será fácil", completou.

Obama, contudo, ressaltou que a guerra contra o Taleban "vale a pena" --um discurso visto como forma de preparar os americanos para um conflito que ainda não tem prazo para acabar e que pode se tornar tão impopular quanto foi a Guerra do Iraque para seu antecessor, o republicano George W. Bush. "Esta guerra não é uma escolha. Esta é uma guerra necessária. Aqueles que atacaram a América em 11 de Setembro estão planejando fazê-lo de novo. Se os deixarmos agir, a insurgência Taleban será um reduto seguro ainda maior para a [rede terrorista] Al Qaeda planejar matar mais americanos", disse Obama.

Ele descreveu ainda o porquê acredita que a nova estratégia de reforço --em tropas, civis e dinheiro-- na Guerra do Afeganistão está funcionando e porque os EUA devem permanecer comprometidos em estabilizar o país destruído pela guerra. "Então, esta é a única guerra que vale a pena lutar, isto é fundamental para a defesa de nosso povo", disse Obama. Desde que assumiu a Casa Branca, em janeiro, Obama mudou o foco da impopular Guerra do Iraque para o Afeganistão, onde estão os "verdadeiros terroristas". Pela primeira vez, o gasto no Afeganistão superou os gastos no Iraque. Obama garantiu ainda o dobro de verba para projetos de governança civil e desenvolvimento, US$ 200 milhões por mês.

O discurso de Obama vem três dias antes da segunda eleição presidencial no Afeganistão. Uma votação que ocorrerá sob ameaças de ataques e onda de violência do Taleban --mais forte e violento desde 2001, quando as tropas americanas lideraram uma coalizão que derrubou o grupo do poder. Para Obama, garantir a participação nas eleições e a segurança dos eleitores será um teste crucial para sua nova estratégia que deve levar 30 mil soldados adicionais ao país. O democrata, contudo, não comentou diretamente a disputa presidencial afegã para evitar críticas de interferência americana.



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