Operação esteriliza 24 hipopótamos do traficante Pablo Escobar

Animais trazidos da África na década de 90 se multiplicaram e viraram praga no país

Operação esteriliza 24 hipopótamos do traficante Pablo Escobar | Getty Images
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Pablo Escobar, um dos criminosos mais famosos de todos os tempos, foi morto a tiros pela polícia em 1993. No entanto, algumas de suas atitudes tem consequências ainda hoje. É o caso, por exemplo, dos animais exóticos que foram importados para a Colômbia pelo traficante. Entre os animais, está um casal de hipopótamos, apelidados no país de "hipopótamos da cocaína", que procriaram e infestaram a região próxima a sua antiga fazenda, a Hacienda Nápoles, que hoje é um parque temático.

Segundo informações do site Um Só Planeta, quando Escobar foi morto, os animais que viviam em seu zoológico particular foram transferidos para centros de cuidados, mas os hipopótamos, ferozes e difíceis de transportar, foram deixados no local. Sem predadores naturais na América do Sulq, eles se multiplicaram.

O número de hipopótamos cresceu tanto nos últimos anos que esta se tornou a maior colônia fora da África - Foto: Getty Images 

O número de hipopótamos cresceu tanto nos últimos anos que esta se tornou a maior colônia fora da África, com cerca de 80 a 120 animais, e passou a ser chamada pelos cientistas de "bomba-relógio ecológica". No começo do ano, um estudo publicado na revista Biological Conservation apontou que o abate dos animais era a única forma de mitigar seu impacto ambiental. 

Hipopótamo Vanessa, se aproxima de turistas que visitam a Hacienda Nápoles — Foto: Getty Images 

Ao invés do abate, o governo colombiano preferiu a esterilização. Até agora 24 animais foram tratados com um produto químico que os tornará inférteis. Caso nenhuma medida fosse tomada, pesquisadores estimam que a população chegaria a mais de 1,4 mil animais já em 2034, um crescimento exponencial. 

Cientistas que estudam o impacto ambiental dos hipopótamos afirmam que eles podem afetar o ecossistema local de várias maneiras, como, por exemplo, o deslocamento de espécies nativas já ameaçadas de extinção, como o peixe-boi, e a alteração da composição química dos rios, o que poderia colocar em risco a pesca local.



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