Pais assumem novos papéis no dia a dia

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Dia dos pais | Arquivo MN
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Em muitos países, o Dia dos Pais é comemorado no mês de junho, mas só aqui no Brasil a data é celebrada no segundo domingo de agosto, por motivos comerciais. Para muitas pessoas, esse dia pode parecer mais um dia comum, mas para outras, essa data tem um significado mais que especial, pois é o dia de homenagear uma das pessoas mais especiais das suas vidas.

Assim como as mães, há diferentes tipos de pais, como aqueles que têm uma participação efetiva na vida dos filhos e aqueles que são ausentes. Existem também aqueles que são extremamente companheiros dos filhos, parecendo quase irmãos. Outros são pais ainda muito jovens e têm de abdicar de muita coisa para criar o filho.

É o caso de José Lima da Silva Neto, com apenas 20 anos teve a sua primeira filha há três meses. O jovem, como qualquer outro, tinha planos e não pensava em ter um filho nesse momento da vida, mas ficou assustado quando descobriu que a namorada estava grávida. “Nós confirmamos a gravidez no dia sete de setembro. No começo fiquei assustado e com medo, mas esse sentimento passou quase que imediatamente, pois fiquei muito feliz que ia ser pai.

O que ajudou bastante é que a Sarah, minha namorada, também comemorou a gravidez”, explica.

Como todo pai, Neto tem suas preocupações quanto ao futuro da filha, a sua criação e conta o que tem recebido o apoio da sua família desde o dia que deram a notícia que a namorada estava grávida. “Quando decidimos contar que íamos ter um bebê, conversamos individualmente com cada uma das nossas famílias. Eles ficaram contentes com a notícia e nos deram total apoio. Hoje, todos são muito apegados com a minha filha, Maria.”, relata.

Namorando há mais de um ano, quando descobriram a gravidez, a estudante de Direito Sarah Lena Santos conta que eles tiveram que sentar e conversar sobre o futuro, então decidiram casar e morar juntos. “Casamos ainda no início da gravidez. Formamos nossa família, no começo estava um pouco difícil, pois tínhamos que nos adaptar a nossa nova vida, principalmente em questão financeira. O Neto trabalha o dia inteiro e eu ainda estudo, mas agora estamos conseguindo caminhar com as nossas próprias pernas”, afirma.

Para a estudante, o marido é um ótimo pai, mas ainda um pouco atrapalhado, por ser a primeira filha e que, como todo pai, a pequena Maria é uma diversão. “Ele aprendeu a trocar fralda, cuidar dela, mas infelizmente devido ao trabalho eles têm pouco tempo juntos e muitas vezes esse trabalho sobra para mim. O Neto adora brincar com ela, quando vejo eles, já estão brincando de aviãozinho, jogando minha filha para o alto. Como todo o pai”, lembra sorrindo.

Em meio a fraldas sujas, choros, noites sem dormir, Neto diz que a paternidade é algo maravilhoso e espera ser tão bom pai quanto o seu. “Eu tenho um grande exemplo de pai, sempre foi presente na minha criação, somos muito companheiros, então quero ser o mesmo com a minha filha. Para mim, ser”, declara

Uma luta que valeu a pena 

Depois de um mês convivendo juntos, o assistente social recebeu uma notícia dolorosa, que deveria deixar seu filho de volta ao abrigo e lembra que o dia da entrega marcou. “No dia que fui deixá-lo, nós dois choramos muito. Nos dias seguintes meu único pensamento era se ele estava bem, quem estava cuidando dele. Eu só queria ter o meu filho de volta. Na outra semana, ligaram-me perguntando se eu queria mesmo o J.H. Claro que eu queria. Então fui à audiência da guarda provisória e consegui”, relembra emocionado.

Com a guarda provisória em mãos, Fabrício teve que providenciar a ida do filho para casa. Comprou roupas, procurou escolas e montou a sua rotina diária. A escola foi escolhida depois de muita procura, pois o pai queria aquela que se adequasse as suas exigências.

Hoje, com cinco anos, o pequeno J.H é o mimo da família, os avós e madrinhas não desgrudam dele e, como toda criança, tem perguntas de crianças. O pai conta que trabalha com o diálogo com o filho. “Procuro sempre falar a verdade com ele, certa vez ele chegou da semana que estavam comemorando o Dia das Mães e perguntou quem era a mãe dele e eu respondi que não sabia, mas que podiam descobri, pois todo mundo tem uma mãe. Também expliquei para ele que se um dia casasse não seria com uma mulher, perguntei para ele se não seria legal ter dois papais, ele entendeu dizendo que sim”, explica.

Convivendo como uma família igual a qualquer outra, Fabricio diz estar realizado e considera a melhor decisão de sua vida. “Ser pai é uma experiência única, não me arrependo de maneira alguma. Ele é o meu filho e ninguém pode dizer o contrário”, declara emocionado.

 

 

 

 

Pai solteiro 

O assistente social Fabrício Cézar Moura sempre sonhou em ser pai, principalmente quando estava na faculdade, mas apenas aos 38 anos decidiu adotar uma criança. Em um dia de trabalho normal, ao analisar um dos processos de crianças que estavam em um abrigo, o assistente social viu a ficha de um menino que despertou o sentimento de paternidade que estava adormecido. Ao ir ao Centro de Reintegração Familiar e Incentivo à Adoção (CRIA) ocorreu o encontro que mudou a sua vida.

Fabrício conta que o filho correu em sua direção pelo corredor, mas não o havia reconhecido. “Só tinha o visto por foto, ele chegou até mim, chamou-me de tio e pediu para que eu o levantasse, foi quando me disseram que ele era a criança que eu estava indo conhecer. Então, não fui eu que o escolhi, foi ele que me escolheu”, lembra.

Desde que conheceu o pequeno, o pai começou a fazer visitas frequentes ao menino, primeiramente uma vez por semana, não satisfeito começou a frequentar duas vezes e depois três vezes por semana. Como não conseguiam mais se desgrudar, com o tempo Fabrício conseguiu ser o “Padrinho Afetivo”, que é um ensaio para a adoção, onde há a possibilidade de levar a criança para passear, ficar aos finais de semana.



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