País só terá sistema para evitar novas tragédias em 4 anos

Projeto inclui a compra e integração de radares para previsões climáticas

Avalie a matéria:
|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

A presidente Dilma Rousseff reuniu nesta segunda-feira (17) quatro ministérios para determinar a ?reestruturação? do Sistema de Defesa Civil Nacional.

O sistema será focado na melhoria da estrutura de alerta e em ações coordenadas de prevenção para evitar tragédias causadas por desastres naturais, como as enxurradas que já mataram mais de 600 pessoas no Rio de Janeiro.

O projeto, que levará quatro anos para ser concluído, inclui a compra e integração de radares para previsões climáticas mais exatas, levantamento geofísico para localizar áreas de risco para vários tipos de desastres e aquisição de equipamentos para calcular o volume de chuvas.

O objetivo final, segundo o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, é coordenar as defesas civis do governo federal, Estados e municípios para retirar moradores de áreas de risco antes dos desastres e evitar mortes.

- Nós sabemos que muitas prefeituras e alguns Estados têm baixa capacidade na elaboração de projetos. O risco é conhecido, mas não se tem definido o tipo e a qualidade da intervenção a ser feita para que a gente possa prevenir e não remediar as conseqüências das tragédias naturais.

O custo do novo sistema ainda será avaliado junto aos ministérios da Fazenda e do Planejamento. Mas, segundo o titular de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, as áreas mais críticas já são conhecidas e já deverão ser atendidas no próximo verão.

- Isso vai ser um processo a ser implantado progressivamente. Nós vamos começar com as áreas potencialmente mais críticas.

O sistema nacional de alerta, com radares e uso de um supercomputador, em operação no interior de São Paulo há cerca de um mês, será coordenado pelo meteorologista Carlos Nobre.

O novo equipamento permite monitorar áreas de 5 km2; hoje, isso é feito numa área de 20 km2. Serão comprados e adquiridos novos radares e ainda 700 pluviômetros, que medem o volume de chuvas, para instalação em todo o território nacional.

Outra determinação é que o Ministério da Defesa e as Forças Armadas participem com ações de ?pronta-resposta? após os desastres, atuando principalmente na logística da ajuda e socorro às vítimas, mobilidade de pessoal e equipamentos, e eventual comando das operações, quando solicitado pelos governos locais e autorizado pela Presidência da República.

Segundo levantamento preliminar do Ministério de Ciência e Tecnologia, há hoje 800 áreas de risco estimadas: 500 vulneráveis a deslizamentos e 300 a inundações. Nesses locais, vivem cerca de 5 milhões de pessoas. Ainda segundo a pasta, 58% dos desastres naturais são inundações e 11% são deslizamentos.

Na terça-feira (17), os ministros Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional), José Eduardo Cardozo (Justiça) e Nelson Jobim (Defesa) voltarão ao Rio para visitar as cidades mais atingidas. A ordem de Dilma é para que reforcem a cooperação com o governo estadual e monitorem de perto as áreas que ainda podem sofrer tragédias com as chuvas.

Para ajudar as vítimas, você pode doar água e alimentos não perecíveis em qualquer templo da Igreja Universal do Reino de Deus no Estado do Rio de Janeiro.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES