Papa Francisco assiste à Via Sacra e reza por vítimas de tragédia na boate Kiss; confira fotos!

Francisco também fez oração do Ângelus e ouviu confissões de peregrinos.

Papa falou após a Via sacra em Copacabana | G1
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O Papa Francisco emocionou os fiéis de Copacabana em seu 5º dia no Brasil benzendo a estátua de São Francisco de Assis durante sua passagem pela Orla, cumprimentando os peregrinos rumo à encenação da Via-Sacra e pedindo uma oração em homenagem às vítimas do incêndio da Boate Kiss, em Santa Maria (RS). O Papa também ouviu a confissão de jovens, encontrou menores infratores e rezou o Ângelus, que tratou da importância dos anciãos e das crianças na construção do futuro dos povos.

O Papa chegou a Copacabana por volta das 17h. Ele percorreu de papamóvel o trajeto do Posto 6 até o Leme, onde ocorreria o 3º ato central da JMJ: a encenação da Via-Sacra. No caminho, parou, desceu e benzeu a imagem de São Francisco, uma estátua na Orla. Segundo a organização do evento, o Papa foi recebido por 1,5 milhão de pessoas.

Ao final da Via-Sacra, o Papa fez um pronunciamento sobre a cruz de Cristo, dizendo: ?Viemos acompanhar Jesus no seu caminho de dor e amor?. ?O que terá deixado a cruz de Jesus em cada um de vocês??

Intolerância religiosa e falta de fé nas instituições políticas

Francisco pediu que os presentes rezassem em homenagem aos mais de 200 mortos no incêndio da Boate Kiss, em Santa Maria (RS), em janeiro. Ele também atacou a intolerância religiosa e falta de fé nas instituições políticas.

"Com a cruz, Jesus se une ao silêncio das vítimas da violência, que já não podem clamar, sobretudo os inocentes e indefesos; nela Jesus se une às famílias que passam por dificuldades, que choram a perda de seus filhos, ou que sofrem vendo-os presas de paraísos artificiais como a droga; nela Jesus se une a todas as pessoas que passam fome, num mundo que todos os dias joga fora toneladas de comida; nela Jesus se une a quem é perseguido pela religião, pelas ideias, ou simplesmente pela cor da pele; nela Jesus se une a tantos jovens que perderam a confiança nas instituições políticas, por verem egoísmo e corrupção, ou que perderam a fé na Igreja, e até mesmo em Deus, pela incoerência de cristãos e de ministros do Evangelho", afirmou Francisco. (leia a íntegra do discurso ao final).

"Na cruz de cristo está o sofrimento, o pecado do homem, o nosso também, e Ele acolhe tudo com seus braços abertos, carrega nas suas costas as nossas cruzes e nos diz: Coragem! Você não está sozinho a levá-la! Eu a levo com você. Eu venci a morte e vim para lhe dar esperança, dar-lhe vida", disse o Papa.

?O primeiro nome do Brasil foi Terra de Santa Cruz?, afirmou. "A cruz de Cristo foi plantada não só na praia, há mais de cinco séculos, mas também na história, no coração e na vida do povo brasileiro e não só: o cristo sofredor, sentimo-lo próximo, como um de nós que compartilha o nosso caminho até o final. Não há cruz, pequena ou grande, da nossa vida que o Senhor não venha compartilhar conosco", disse.

Ao meio-dia, o Papa rezou a oração do Ângelus no balcão do Palácio São Joaquim, na Glória, Zona Sul do Rio de Janeiro. Ele fez um breve discurso no qual lembrou a importância dos anciãos e das crianças na construção do futuro dos povos. Também pediu que os jovens presentes enviassem uma saudação aos seus avós, já que hoje no Brasil é celebrado o dia dos avós.

"Vemos aqui o valor precioso da família como lugar privilegiado para transmitir a fé. Olhando para o ambiente familiar, queria destacar uma coisa. Hoje, na festa de São Joaquim e Santana, no Brasil se celebra a festa dos avós. Como os avós são importantes na vida da família, para comunicar o patrimônio de humanidade e de fé que é essencial para qualquer sociedade", afirmou.

A oração do Ângelus, também conhecida como a hora do Ângelus, não é uma cerimônia ou de uma missa, mas o momento em que o Papa faz alusão a algum assunto do dia para, em seguida, fazer a oração e abençoar os peregrinos. A hora do Ângelus é habitualmente feita por Francisco aos domingos do balcão do apartamento papal, no Vaticano.

"Crianças e anciãos constróem o futuro dos povos. (...) Esse diálogo entre as gerações é um tesouro que deve ser conservado e alimentado. Nesta Jornada Mundial da Juventude, os jovens querem saudar os avós. Saudamos aos avós! Eles, os jovens, saúdem os seus avós com muito carinho e lhes agradecem pelo testemunho de sabedoria que nos oferecem continuamente", completou o pontífice.

Francisco lembrou que a Ave Maria é uma oração simples e que na Jornada ela é rezada em três momentos do dia: pela manhã, ao meio-dia e ao anoitecer. "É, porém, uma oração importante. Convido a todos a rezá-la", disse antes de iniciar a oração.

Ele também agradeceu pelo recepção no Rio de Janeiro. "Agradeço de coração sincero a Dom Orani e também a vocês, pelo acolhimento amoroso com que manifestam seu carinho para o sucessor de Pedro. Desejaria que a minha passagem por esta cidade do Rio renovasse em todos o amor a Cristo e à Igreja, a alegria de estar unidos a ele e de pertencer à Igreja e do compromisso de viver e testemunhar a fé."

Antes, Francisco encontrou jovens infratores no Palácio São Joaquim, residência do arcebispo do Rio de Janeiro. "Candelária nunca mais", disse o Papa aos menores.

Uma multidão esperou desde cedo em frente ao palácio. Os fiéis cantaram músicas religiosas à espera do pontífice. No trajeto até a Glória, Francisco solicitou a parada do papamóvel para que, em vez de os seguranças levarem bebês e crianças de colo até o veículo, ele mesmo caminhasse até a multidão de pessoas de todas as idades que queriam vê-lo de perto. Ele trocou breves palavras com uma senhora idosa, que o abraçou longamente antes de ser abençoada.



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