Pesquisa sobre vacina contra dengue está parada na Universidade Estadual do Ceará

A falta de recursos financeiros está impedindo o avanço das pesquisas no Ceará

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Pesquisadores do Laborat?rio de Bioqu?mica Humana da Universidade Estadual do Cear? (Uece) desenvolvem, desde 2003, uma vacina tetravalente contra a dengue. A falta de recursos financeiros est? impedindo o avan?o das pesquisas, de acordo com a coordenadora dos Projetos do V?rus da Dengue da Uece, Maria Izabel Florindo Guedes. Ela calcula que seriam necess?rios R$ 500 mil para equipar o laborat?rio e realizar as outras etapas da pesquisa para obter a vacina.

Segundo a doutora em Bioqu?mica, os resultados obtidos at? o momento s?o promissores para a produ??o de uma vacina tetravalente contendo em sua estrutura uma prote?na comum aos quatro tipos do v?rus da dengue. ?Se receb?ssemos apoio, poder?amos produzir a vacina em cinco anos ou at? em menos tempo?, argumenta Izabel Guedes.

Em 2006, os pesquisadores da Uece iniciaram os testes em camundongos e coelhos, com bons resultados. ?Em animais a prote?na induz a produ??o de anticorpos que bloqueiam in vitro o v?rus da dengue?, explica a doutora em Bioqu?mica. Apesar dos benef?cios que a vacina trar? ? popula??o, Izabel afirma que a falta de infra-estrutura do laborat?rio tem sido o grande problema para o desenvolvimento da vacina e de outras pesquisas com a dengue.

Ela entende que a produ??o da vacina contra essa doen?a representa um m?todo preventivo ? disposi??o da popula??o no controle da enfermidade, que tem provocado danos irrepar?veis, com diversas perdas de vidas humanas e ocasionado sofrimento para indiv?duos, fam?lias e comunidades cearenses, n?o s? brasileiras, mas tamb?m de outros pa?ses.

Os pesquisadores do Laborat?rio de Bioqu?mica Humana n?o possuem uma sala de cultura de c?lulas para que os testes possam ser realizados com seguran?a. Izabel Guedes admite que eles trabalham em condi?es bastante prec?rias.

Outra car?ncia apontada foi a aus?ncia de uma sala de Rea??o em Cadeia Polimerosa (PCR) para testes do DNA do v?rus. ?Hoje temos uma salinha, onde enfrentamos problemas de contamina??o de outros microorganismos. Precisamos de um ambiente limpo para n?o haver contamina??o?, avalia a pesquisadora. O laborat?rio tamb?m n?o disp?e de uma casa de vegeta??o para guardarem os transg?nicos.

Outro agravante, segundo ela, ? a falta de recursos financeiros que impedem o avan?o das pesquisas. ?At? o momento, recebemos apenas R$ 55 mil, fomentado pela Funda??o Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cient?fico e Tecnol?gico (Funcap), Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient?fico e Tecnol?gico (CNPq) e Banco do Nordeste do Brasil?.

ESPERAN?A

Resultados obtidos s?o promissores

Apesar dos esfor?os dos cientistas, ainda n?o h? nenhuma vacina eficaz contra a dengue. A coordenadora do Laborat?rio de Bioqu?mica Humana da Universidade Estadual do Cear? (Uece), Izabel Guedes, diz acreditar que os resultados obtidos at? agora pela equipe de pesquisadores s?o promissores em rela??o ? possibilidade da produ??o de uma vacina com base em prote?nas (pept?deos imunog?nicos) do envelope viral do v?rus da dengue.

Segundo Izabel, a vacina, al?m de n?o causar danos para a sa?de humana por n?o induzir a doen?a, tamb?m parece ser a ?nica proposta que pode impedir a entrada do v?rus na c?lula do hospedeiro.

A pesquisadora diz acreditar que a vacina contra dengue vai gerar uma imuniza??o duradoura. ?Provavelmente, as pessoas precisar?o tomar a vacina apenas uma ?nica vez?.

Ela ressalta que a dificuldade em se encontrar uma vacina ? pelo fato de o v?rus da dengue ser formado por dez prote?nas, sendo tr?s estruturais (C, M e E) e sete n?o estruturais.

Das dez, a prote?na ?E? forma o envelope do v?rus, ou seja, forma um env?lucro ao redor de suas part?culas. O v?rus utiliza esta prote?na ?E? do envelope para se ligar e entrar na c?lula do hospedeiro (humano). Pesquisas cient?ficas t?m mostrado que a prote?na ?E? ? a ?nica que induz a produ??o de anticorpos protetores para o organismo humano.

Segundo Izabel, a equipe do Laborat?rio de Bioqu?mica Humana da Uece, compost



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