Piauí aparece em quarto lugar no ranking em denúncias homofóbicas no Brasil

Segundo Marinalva Santana, a realidade do Estado vem sendo modificada aos poucos.

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Ilustração. | Reprodução
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O Governo Federal divulgou o balanço parcial, referente ao período de janeiro a agosto de 2011, que aponta a quantidade de denúncias registradas pelo Disque 100 - serviço disponibilizado para a população brasileira relatar a violação de direitos sofridos por LGBT, idosos, pessoas com deficiência, crianças e adolescentes.

O Piauí aparece em quarto lugar no ranking nacional de denúncias de natureza discriminatória contra homossexuais. De acordo com os dados apresentados pelo coordenador do Disque 100, Pedro Ferreira, São Paulo é o Estado brasileiro líder em denúncias homofóbicas, com 134 ocorrências, seguido por Minas Gerais e Bahia com 71 e 70 denúncias, respectivamente; e o Piauí com 59 registros.

Para Pedro Ferreira, os números de homofobia piauienses surpreendem quando comparados com as ocorrências de violação de direitos contra idosos, pessoas com deficiência, crianças e adolescentes. ?No quadro de denúncias de violência contra os outros grupos atendidos pelo serviço, o Piauí é um dos ?lanterninhas?; mas chama a atenção o fato do estado ser o quarto do Brasil em denúncias de violências contra LGBT?, pontua o coordenador do Disque 100.

Segundo Marinalva Santana, militante do Grupo Matizes e articuladora da Liga Brasileira de Lésbicas no Piauí, a realidade do Estado vem sendo modificada aos poucos, principalmente pela forte atuação local do movimento LGBT e pelo espaço democrático concedido pela mídia. ?Casos homofóbicos sempre existiram no Piauí, no entanto, os números revelados pelo Governo Federal refletem o encorajamento da população composta por lésbicas, gays, travestis, transexuais e transgêneros em denunciar estes casos que antes ficavam resguardados?, diz Marinalva Santana.

Os dados registrados pelo Disque 100 foram divulgados nessa sexta-feira (23) durante a reunião do Conselho Nacional LGBT, em Brasília. Os estados do Amapá, Rondônia e Roraima não apresentaram nenhum registro.



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