Piauí contará com política contra o desperdício da água

A meta é minimizar os efeitos causados por longas secas no Piauí

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Uma reunião entre o governador Wellington Dias com representantes dos governos estadual e federal e outros parceiros, dentre eles a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará (Cogerh), marcou a implementação da Política Estadual de Combate ao Desperdício dos Recursos Hídricos no Piauí, na terça-feira (26). A iniciativa tem como objetivo a preservação e uso racional da água e o combate ao desperdício.

Segundo o governador Wellington Dias, a meta é minimizar os efeitos causados por longas secas no Piauí, como a encontrada no estado nos últimos anos. “Nesse período, tivemos situações em que perdemos a lavoura, pessoas tiveram problemas no abastecimento da água com a redução no volume dos poços de cidades e de povoados”, afirma o chefe do executivo. O chefe do executivo estadual lembra que, mesmo com a estiagem, em algumas regiões, foi possível constatar exemplos de desperdício, como os poços jorrantes, que lançam a água a céu aberto; desvios nas redes de fornecimento; vazamentos, dentre outros.

“Iniciamos uma política, ainda no meu primeiro governo, de controle de vazão dos poços jorrantes, de garantir uma política de redução de perda de água e, agora, em parceria com a Cogerh, que tem uma experiência bem sucedida de 20 anos no estado do Ceará. A parceria conta também com a Agência Nacional de Águas, com a Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais e também a Codevasf com o objetivo de ter um sistema educativo de controle e para se evitar o desperdício de água”, ressalta Wellington Dias.

O trabalho pelo combate ao desperdício da água faz parte da Agenda do Milênio, é o que afirma o secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Ziza Carvalho. “A água é um recurso vital para a vida e sua preservação faz parte de um debate mundial que foi um dos temas mais debatidos na Conferência do Clima, a COP 21, realizada em Paris ano passado, e o Piauí não deve ficar de fora disso”, avalia Ziza Carvalho. 

Na próxima etapa, será necessário para concretização da Política Estadual de Combate ao Desperdício dos Recursos Hídricos decretos do Poder Executivo para adequação do Piauí a política é o que explica o secretário Ziza. “Nós temos algumas etapas de normatização para resolver, o governador deverá assinar alguns decretos de legislação, que é uma exigência do Plano Nacional de Recursos Hídricos”, informa o secretário do Meio Ambiente.

Na modelo encontrado no estado do Ceará, o trabalho com o uso racional dos recursos hídricos conta com a participação popular, é o que afirma o gerente comercial da Cogerh, Marcilio Caetano. “Quem trabalha nessa política é a população através dos comitês de bacia e temos que traçar estratégias para incorporar a sociedade nesse comitê, fazer com que a sociedade exerça esse poder de participação nas decisões”, informa o gerente. O Piauí já conta com uma legislação básica que possibilita ao estado implementar a política é o que informa Marcílio Caetano. “O estado do Piauí tem toda a base legal estruturada como a lei da Política Estadual dos Recursos Hídricos que foi concebida em 2010 e a parceria com o estado do Ceará está na implementação dessa política através de estratégias com diagnósticos na estrutura administrativa”, comenta o representante da Cogerh.

De acordo com o representante da Superintendência de Apoio ao Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hídrico da Agência Nacional de Águas (ANA), Giordano Carvalho, as semelhanças encontradas no Piauí e no Ceará potencializam a parceria e a possibilidade de implantação do modelo cearense. “O Piauí tem sido feliz em buscar esse apoio federal e do governo do Ceará objetivando a segurança hídrica e a adaptação e a convivência com a variação das mudanças climáticas. E o Ceará é um exemplo nessa gestão e pelas similaridades que existem entre os dois estados e o Piauí, portanto, foi muito feliz em buscar esse apoio”, ressalta Giordano Carvalho.  



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