Piauí está entre os cinco estados com maior número de pessoas com hanseníase

As autoridades locais trabalham com a identificação e diagnóstico precoce da doença, que possui alto teor de contaminação, para reverter esta estatística preocupante.

Avalie a matéria:
|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Com 817 pessoas diagnosticadas com hanseníase somente em 2014, o Piauí está entre os cinco estados com maior número de pessoas infectadas com a doença, também conhecida como lepra.

O número é aparentemente baixo, mas trata-se de uma das doenças mais antigas de que se tem conhecimento, com casos registrados antes mesmo do nascimento de Cristo.

As autoridades locais trabalham com a identificação e diagnóstico precoce da doença, que possui alto teor de contaminação, para reverter esta estatística preocupante.

Outro dado que chama atenção é o índice de cura da doença: apenas 74,2% piauienses infectados eliminaram a doença. A taxa está abaixo do que é aceitado pelo Ministério da Saúde, que fixou percentual mínimo em 80%.

Os homens ainda se infectam mais que as mulheres. Foram 455 casos em 2014, contra 362 mulheres que contraíram a doença. E nem as crianças estão imunes à doença, já que 59 indivíduos menores de 15 anos foram diagnosticados com hanseníase em 2014. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí.

Entretanto, o Estado se mobiliza para conter a doença entre os mais jovens. A Sesapi, através do Ministério da Saúde, realiza campanhas educativas nas escolas, onde médicos especializados prestam palestras e fazem a distribuição da Ficha Imagem, documento enviado aos pais ou responsáveis para que eles assinalem as regiões onde a criança possam ter alguma lesão suspeita.

No momento em que o pai ou responsável envia a ficha de volta, a criança é examinada por um profissional do programa Saúde da Família. Se a mancha apresentar risco em potencial, o menor será encaminhado para um dermatologista e o tratamento é iniciado imediatamente.

Ao contrário do que muitos pensam, a transmissão da hanseníase não se dá pelo contato com a pele contaminada. A doença é transmitida através de contato íntimo e contínuo com o doente não tratado. Apesar de ser uma doença da pele, é transmitida através de gotículas que saem do nariz, ou através da saliva do paciente.

A doença afeta primordialmente a pele, mas pode afetar também os olhos, os nervos periféricos e, eventualmente, outros órgãos. O período de incubação é prolongado, e pode variar de seis meses a seis anos.

Aprenda a identificar e combater a hanseníase

A hanseníase acomete primeiro a pele e os nervos periféricos, podendo atingir também os olhos e os tecidos do interior do nariz. O primeiro e principal sintoma são o aparecimento de manchas de cor parda. Nas áreas afetadas pela doença, o paciente apresenta perda de sensibilidade térmica, perda de pelos e ausência de transpiração.

Também podem aparecer caroços ou inchaços nas partes mais frias do corpo, como orelhas, mãos e cotovelos; podendo haver alteração na musculatura e deformidades nos membros. "A hanseníase tem cura e o tratamento dura de 6 a 12 meses.

O problema é que os pacientes só procuram ajuda quando a doença está em estágio avançado", alerta a gerente de Epidemiologia da Fundação Municipal de Saúde, Amparo Salmito. O tratamento da hanseníase é completamente gratuito e está disponível em todas as unidades do programa Saúde da Família.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES