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Piauiense de Curimatá é indicada ao Prêmio Nobel da Paz

Doutora Lair Guerra de Macedo, infectologista, gestora pública.

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A Doutora Lair Guerra de Macedo, natural de Curimatá, foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz. Infectologista, gestora pública e professora, Lair Guerra formou-se em Ciências Biomédicas pela Universidade Federal de Pernambuco, fez pós-graduação nos Centro de Controle de Doenças (CDC) em Harvard, nos Estados Unidos e ministrou aulas de microbiologia na Universidade Federal do Piauí e na Universidade de Brasília. 

Lair Guerra de Macedo foi a arquiteta do Programa Nacional de DST e Aids, do Ministério da Saúde, que coordenou de 1985 a 1996, ano em que se afastou do cargo em decorrência de um acidente de carro. Tendo com princípio “a saúde como direito de todos”, ela conseguiu que o Estado bancasse a distribuição gratuita e universal do coquetel antirretroviral. Apesar das graves seqüelas, ela segue tendo muito a ensinar acerca de saúde e cidadania.

Pertence a uma família de sertanejos brilhantes: irmã de Carlyle Guerra de Macedo, ex-diretor e Diretor Emérito da Organização Pan-Americana de Saúde e de Alvimar, famoso clínico de Brasília. Fez pós-graduação nos Centro de Controle de Doenças (CDC) e em Harvard, nos Estados Unidos. Voltou ao Brasil e dirigiu o Programa de Saúde Materno-Infantil do Ministério da Saúde, de onde foi destinada a lutar contra a AIDS. Incansável, enfrentou a burocracia, os políticos e os governantes para alcançar as sua metas. Desenvolta, soube buscar os então críticos recursos internacionais.

Tragicamente, contudo, quando retornava de uma palestra sobre AIDS em Recife, em agosto de 1996, sofreu um grave acidente automobilístico. Permaneceu em coma durante dois meses e, desde então, as seqüelas a impedem de exercer plenamente sua profissão. Neste mesmo ano, recebeu o título de Personalidade da Década, concedido pela Confederação Brasileira de Mulheres e pelo Instituto Internacional para o Desenvolvimento da Juventude. Apesar do grave acidente, Lair está lúcida e pronta para receber e reconhecer homenagens.

Infelizmente, nações não recebem o Prêmio Nobel da Paz e, portanto, o Estado Brasileiro não pode ser premiado por seu magnífico exemplo de solidariedade e de justiça, oriundos do âmago da alma brasileira e do coração de sua Constituição. Pessoas podem, entretanto.

Por ser um mártir da luta contra a AIDS, Lair Guerra de Macedo Rodrigues é a pessoa indicada para recebê-lo. Em reconhecimento a ela, a Assembléia Geral da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, reunida durante o seu XL Congresso em Aracaju, indicou o seu nome para o Prêmio Nobel da Paz em 9 de março de 2004, para providências junto ao Governo do Brasil. Seguindo o seu gesto, em nome de todo o Brasil, dos ousados e tenazes caboclos e sertanejos, o Governo do Piauí também solicitou, pessoalmente, ao Presidente da República em sua recente viagem à China, a sua indicação para esta honraria que o povo brasileiro ainda não pôde ser agraciado. Com esta sábia nominação, muito ganharão as pessoas pobres naqueles países em desenvolvimento onde é pior a situação da AIDS.



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