Piauiense integra projeto de extensão da UFRJ

Pesquisas resultarão em documentário sobre comportamento político

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O piauiense Allysson Borges está participando de um importante projeto de extensão formado por estudantes e professores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que está registrando em audiovisual a força dos movimentos populares na Venezuela.

Através de entrevistas com a população, lideranças comunitárias e políticos o grupo pretende mostrar a organização política do país, sobretudo na cidade de Torres.

O documentário faz parte do projeto de extensão “Poder Popular e Campesinato: memória, arte e resistência” do Núcleo de Solidariedade Técnica (SOLTEC), em parceria com a Escola de Serviço Social da UFRJ.

A temática foi baseada na tese de doutorado do professor e coordenador do projeto, Felipe Addor, que visitou e registrou as mudanças ocorridas no município venezuelano, no qual saiu de um contexto de grande desigualdade social, política e econômica para tornar-se uma das referências em práticas efetivamente democráticas e participativas.

O coordenador explica que o projeto surgiu da necessidade de conhecer essas práticas democráticas participativas que são alternativas para o atual sistema, que é visto na maior parte do mundo.

Dessa forma o documentário mostrará para os brasileiros e à população da América Latina que é possível haver mudanças na atitude do povo em relação ao seu governo.

“Através do documentário, que é um importante meio de formação política e cultural, as pessoas conhecerão esse processo e poderão se inspirar nessas práticas alternativas.

Especialmente no sentido de promover uma maior mudança na política vista em seu país. No Brasil já houve traços dessa participação popular, mas tivemos dificuldades em mantê-la”, revela o professor do Núcleo Interdisciplinar para o Desenvolvimento Social da UFRJ.

De acordo com grupo, a partir de vários movimentos sociais, como o Los Arangues, instalou-se em Torres uma nova estrutura política gerada a partir de uma Assembleia Constituinte Municipal e operacionalizada pelos Conselhos Comunais e Orçamento Participativo.

O teresinense Allysson Borges conta que presenciou esse movimento ímpar ao passar 12 dias na Venezuela, onde o grupo viajou no final do mês passado para atualizar e complementar as informações e dados já coletados. Por isso, foram visitadas embaixadas, emissoras, fábricas e movimentos populares onde tudo foi registrado.

“Eu fiquei chocado ao me deparar com aquela realidade, fiquei imaginando como nós brasileiro temos que avançar politicamente. Aqui no Brasil temos três poderes e na Venezuela existem mais dois, que são o Poder Popular e o Poder das Comunas. O povo possui poder nos ministérios e a população é consultada e faz política”, revela o estudante de Defesa e Gestão Estratégica Internacional da UFRJ.

Para a professora da Escola de Serviço Social e também integrante do projeto, Leile Sílvia Teixeira, o documentário é importante para mudar a imagem da Venezuela, que é repassada pelos meios de comunicação em geral.

“O movimento popular, que é visto lá, é mais avançado do que é o daqui no Brasil. A Venezuela não deve ser vista como um país estranho, mas sim como um horizonte a se seguir por conta da participação política da população”, esclarece.

Com o título “Ou Inventamos ou Erramos”, o documentário está em fase de edição, cujos cortes e roteiro estão sendo finalizados depois da grande quantidade de material coletado durante a última viagem à Venezuela. A estreia está prevista para acontecer em 2016.

Colaboração é importante para ajudar o projeto

Sem financiador, os oito membros do projeto decidiram criar uma "vaquinha", através do site Benfeitoria, para alavancar fundos com as viagens e pesquisa. Faltando apenas dois dias para o fim da campanha, o grupo precisa atingir a meta de R$ 8 mil, que atualmente falta um pouco mais de 50% para ser concluída.

"Nós precisamos de ajuda para que essa história seja divulgada e conhecida por mais pessoas e movimentos, de modo que ela inspire alternativas semelhantes por aí. Infelizmente não temos condições de arcar tudo com recursos próprios.

Através desse site, as pessoas podem nos ajudar e também poderão ganhar recompensas, que nós pensamos com bastante carinho e cuidado. Então, todo mundo ganha", explica Layssa Maia, estudante de Defesa e Gestão Estratégica Internacional.

Com doações de R$ 20 até R$ 2.000, o investidor poderá ter agradecimentos, convites para a pré-estreia do documentário, DVD do filme, camisetas, fotografia exclusiva do Poder Popular na Venezuela e até o nome da organização como colaborador do filme. Para ajudar basta ir no site www.beta.benfeitoria.com/poderpopular e doar através de cartão de crédito ou o Pay Pal.



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