Piauienses aderem à cultura pop asiática 

O começo dessa febre se deu nos anos 80

Cultura japonesa | JMN
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Ler mangás, assistir animes, se vestir de cosplay, essas experiências da cultura pop asiática têm conquistado um número cada vez maior de fãs. O começo dessa febre se deu com a importação de muitos animes do Japão, nos anos 80. Recentemente, coube à Coreia do Sul reforçar a influência oriental por aqui, com o fenômeno do k-pop (música pop coreana) e o boom das suas novelas com histórias fofinhas, que podem ser conferidas em plataformas digitais, e abrem as portas para as pessoas conhecerem produções do mesmo tipo feitas na Ásia. 

Todas elas recebem o rótulo de dramas, mas, dependendo da sua origem, podem ser chamadas de k-dramas (quando são coreanas), j-dramas (japonesas), c-dramas (chinesas), thai-dramas (tailandesas) e tw-dramas (de Taiwan). 

A estudante piauiense de Educação Física, Beatriz Silva, 21 anos, faz parte do grupo que começou a curtir a cultura asiática durante a infância, pelos animes. E, até hoje, é comum vê-la lendo um mangá. 

“Eu gosto desde pequena, quando assistia ao Naruto pela TV, e depois disso fui gostando dos animes que são desenhos japoneses como Yu-Gi-Oh!, Bakugan, Pokémon, e aos poucos fui pesquisando, e dentro dessa cultura que conheci o K-pop", conta sobre as obras que continuam servindo de inspiração para ela. 

“Os mangás são como se fossem histórias em quadrinhos, só que japoneses, e a característica deles é que alguns são pretos e brancos, os animes são adaptações dos mangás (desenhos)”. 

Dos mangás para o negócio 

O empresário Bernardo Aurélio, 37 anos, começou a curtir a cultura asiática pelos mangás. Para ele, os quadrinhos foram o brinquedo que lhe encantou mais. Hoje, ele transformou a paixão em nicho de mercado. “Meu pai me presenteava com quadrinhos, eu brincava, recortava e desenhava, depois lidamos isso como uma profissão, como uma forma de ganhar dinheiro, até chegar hoje na livraria que montamos em Teresina,     onde vendemos e publicamos quadrinhos para um público específico e fiel”, lembra. 

Bernardo também é desenhista e explica que cada país chama quadrinho de uma forma diferente. “No Brasil,      de ‘gibi’, em Portugal chama ‘banda desenhada’, e no Japão é ‘mangá’, de uma forma geral, tudo é quadrinho, fora isso, há diferenças de temas, formatos, desenhos, narrativas. A febre do mangá veio com o japonês, os quadrinhos são porta de entrada para outros tipos de leituras”, valorizou Bernardo. 

Aprofundando a paixão 

Muitos fãs de animes e k-pop acabam indo atrás de mais informações sobre a cultura asiática e experimentam as vestimentas dos personagens de mangás. O estudante Gabriel Mendes, 15 anos, é um dos que experimentaram essa cultura na pele sendo cosplay. 

“Amo, sinceramente, essa cultura e percebo que está crescendo. Estou vestido de ‘Hidan’, do desenho Naruto, sua função é capturar bijus—, criaturas que estão dentro dos personagens”, comenta ele. 

Para quem deseja ver os animes inusitados que são bem valorizados pelos jovens, pode baixar gratuitamente o aplicativo para disponíveis Android e iPhone (iOS) como o Giga anime, que oferece um vasto catálogo de conteúdo on-line no celular. Com legenda em português ou dublado, todas as opções da lista são ideais para quem deseja ficar conectado às novidades do mercado de animação asiática. 

O estudante João Henrique, 14 anos, transformou a paixão por k-pop no youtube há alguns anos. Ele fala sobre a vida dos grupos de idols (artistas coreanos). 

Ela relembra o sucesso da música Gangnam Style, do cantor e rapper PSY, que bateu vários recordes e foi o primeiro coreano a receber um troféu na badalada premiação norte-americana. 

Atualmente, dois grupos de k-pop dominam a atenção do público e são responsáveis por quebrar recordes: o BTS (Bangtan Boys), formado por sete rapazes que, em suas músicas e videoclipes, exploram o conceito de trabalho em equipe. O BTS foi o primeiro grupo coreano a se apresentar no American Music Awards (AMA), com o single DNA, em novembro de 2017. E o BlackPink, composto por quatro mulheres que fazem questão de cantar sobre o poder feminino. As meninas foram as primeiras idols coreanas a subir, em abril deste ano, ao palco do Coachella, festival dos EUA, cobiçado por artistas do mundo inteiro. 

Em Teresina, já há grupos que se reúnem na escola estadual Odilon Araújo, para aprender o idioma coreano, também tem grupo de danças covers ativos que misturam o pop da música coreana com americana. “Eu descobri esse estilo vendo vídeos de dança pelo youtube. É gratificante ver que tem piauienses aderindo a esse estilo, para gente que faz parte de um grupo cover, já vemos que tem novas pessoas aderindo a isso muito rapidamente e exponencialmente”, disse Scott Farias, 18 anos, integrante do grupo de dança Voit, que existe há um ano.  

Para Henrique, o que chamou a atenção no jeito coreano de fazer música foi o fato de os integrantes dançarem coreografias e cantarem ao mesmo tempo. “Os coreanos têm vozes perfeitas, eles conseguem obter um vocal incrível sem esforço algum e eles são lindos. Com certeza, a cultura jovem do Piauí conseguiu encontrar a cultura k-pop que fez a gente conhecer mais a cultura asiática e coreana”, explica o fã.



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