Pichação racista causa revolta entre alunos de Universidade de SP

O caso foi denunciado por alunos nas redes sociais e logo viralizou

Avalie a matéria:
|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Dona de 145 anos de história, a Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, se viu envolta em mais um episódio de racismo. Nesta terça-feira (6), uma pichação em um dos banheiros da Faculdade de Direito da instituição trazia os seguintes dizeres: “Lugar de negro não é no Mackenzie. É no presídio”.

O caso foi denunciado por alunos nas redes sociais e logo viralizou. A estudante Tamires Gomes Sampaio, diretora do Centro Acadêmico João Mendes Jr., do curso de Direito da Mackenzie, e segunda vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), lamentou que o ato criminoso e racista represente aquilo “que passa na cabeça de muitos que permeiam pelo Mack”.

“O negro foi historicamente segregado no Brasil, desde a abolição da escravidão, fomos sistematicamente jogados para as periferias; nossos costumes, religião, luta, lazer, tudo que vinha de nós foi criminalizado. Foi determinado um papel e um lugar para o negro, e coitado do que tentasse ultrapassar o limite que nos foi colocado (…). Não é a toa que vivemos um genocídio da população negra no nosso país. A carne mais barata do mercado e a mais marcada pelo Estado é a negra (…). Volto novamente a dizer: podem chorar e escrever nas paredes quantas vezes quiser elite, branca, racista, MAS vai ter preto na universidade SIM”.

Em contato com a reportagem, a assessoria de imprensa da Mackenzie informou que o episódio “está sendo apurado” e que mais informações serão prestadas oportunamente. A diretoria da Faculdade de Direito da universidade soltou uma nota, em que repudia “qualquer ato, ação ou manifestação de cunho racista”.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES