Plano de contenção impede proliferação de plantas no rio Poti em Teresina

Um impasse havia se formado pelo impedimento da passagem de pescadores que a ação estava causando. O problema já foi contornado e o plano reiniciado

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Rio Poti | Kelson Fontinele
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O plano de contenção dos aguapés e canaranas executado há quase um ano está minimizando a proliferação das plantas aquáticas nos rios de Teresina. A ação estava enfrentando problemas por impedir a passagem dos pescadores, mas foi resolvida durante uma reunião semana passada no Jardim Zoobotânico do bairro Mocambinho.

A ideia de conter os aguapés surgiu depois que a situação saiu do controle ano passado e o rio Poti foi coberto por um tapete verde, deixando os ambientalistas e a população preocupados com o descaso das autoridades. O gerente do Núcleo de Educação Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMAM), Rubens Luna, explica que a contenção acontece no rio atrás do Jardim Zoobotânico, através de amarras que seguram e impedem que as plantas sejam levadas pela correnteza. “Nós temos conseguido ótimos resultados com essa contenção, este ano podemos notar que os aguapés e canaranas não invadiram a extensão do rio. Quando as plantas ficam pressas nas redes uma equipe faz o trabalho de limpeza, impedindo a sua reprodução excessiva”, revela.

Após a reunião que envolveu membros da segurança aquática, do batalhão ambiental, da SEMAR, do IBAMA e os representantes dos dragueiros e pescadores, foi firmada uma parceria com os ribeirinhos para realização do monitoramento dos rios que relatarão as irregularidades encontradas nos afluente para que as medidas cabíveis sejam efetuadas. Também foi discutida adequação das atividades dos dragueiros e de pesca, assim como a adaptação das amarras que possibilitem a passagem das canoas.

Mesmo com bons resultados, o gerente reconhece que a medida é paliativa para resolver a crescente poluição que hoje é o problema mais sério enfrentado pelos rios. Para contê-la é necessário que o sistema de saneamento básico cubra 100% da capital piauiense. “Temos consciência que o plano de contenção não é a solução, o certo seria a Agespisa aumentar os 17% do sistema de esgoto para que a poluição não atinja os nossos rios. Infelizmente, devido a todas as questões financeiras que a instituição vem passando, a cobertura total de Teresina não será possível tão cedo. A Secretaria Municipal de Planejamento está concluindo o Plano Municipal de Saneamento Básico, que pretende realizar a cobertura da cidade”, revela Rubens.

Plano de Saneamento Básico em Teresina


Atualmente, apenas 17% de Teresina possuem saneamento básico, o que a deixou em 92º no ranking das 100 maiores cidades brasileiras feito pelo Instituto Trata Brasil em 2013. Para o presidente do Serviço Municipal de Águas e Esgotos de Teresina (Semae), o Plano Municipal de Saneamento Básico que está sendo elaborado por uma empresa da área e por um grupo de especialistas da prefeitura irá mudar essa realidade vivida pelos teresinenses. “Nós pretendemos dar uma cobertura de 100% na coleta de esgoto da capital em 20 anos, essa medida irá melhorar a qualidade de vida da população, além de evitar a poluição do meio ambiente e dos nossos rios”, explica.

Ainda segundo Erick, o plano está na fase de análise de algumas metas e até dezembro deve ser concluído, mas ressalta que o planejamento é apenas das diretrizes para o desenvolvimento dos projetos que farão as obras. “O Plano que estamos finalizando estabelecerá metas para que os projetos sejam feitos, em curto, médio e longo prazo.

Após a sua conclusão, ela já deve entrar em vigor em 2015. Serão investidos R$ 4 bilhões em todos os projetos e R$ 2 bilhões em sua operação”, explica.

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