Por abandono, número de animais nas ruas cresce em Teresina

Algumas pessoas, incomodadas com a presença desses animais, acabam agindo de forma cruel, inserindo veneno e outras substâncias que causam a morte desses animais.

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Devido ao grande número de animais abandonados e em situação de rua, a vulnerabilidade da vida de um ser que não possui um abrigo e nem alimentação é ainda maior. Na capital, as entidades protetoras de animais recebem denúncias, tanto de agressão, quanto de envenenamento de cães e gatos.

Crédito: José Alves Filho

Algumas pessoas, incomodadas com a presença desses animais, acabam agindo de forma cruel, inserindo na comida ou na água veneno e outras substâncias que causam a morte desses animais. É preciso lembrar que envenenamento e o maus-tratos de animais são crimes previstos nas Leis Ambientais, que  preveem prisão de três meses a um ano por maus-tratos, além de multa. Em caso de morte do animal, a punição é agravada.

Shayana Raianny é voluntária da ONG protetores de Patinhas, que atua há cinco anos em Teresina, sem apoio governamental, e presta serviços de resgate e cuidado com animais de rua e em situação de risco. Rotineiramente, animais abandonados, e violentados são os casos mais recebidos, segundo a voluntária.

“As denúncias de envenenamento reduziram bastante. Há dois meses, tivemos dois casos. Um deles, foram gatos pequenos que foram mortos em um condomínio, mas ninguém conseguiu identificar a pessoa que estava provocando a morte daqueles animais”, falou.

Casos como atropelamento, violentados, doentes e com demais problemas são resolvidos com o apoio de doações de toda a população e com o preparo dos mais de 50 voluntários que prezam pela proteção dos animais.

A professora Graça Alencar mora em condomínio da zona Norte e relata que já teve dois gatos envenenados. “As pessoas, que não gostam, acabam sentindo muita raiva de qualquer coisa que o animal faça e até mesmo por causa de alguma superstição”. No prédio de Graça, a má intencionada aproveitou que, no hall do estacionamento, são dispostos potes com ração e água e misturou o veneno.

Crédito: José Alves Filho

A ONG Protetores de Patinhas não possui um abrigo fixo. O amparo dos animais é realizado por meio de moradias temporárias, cedidas pelos próprios voluntários. Os veterinários, remédios, ração e produtos de limpeza são possibilitados por meio de doações recebidas por diversas pessoas que apoiam e abraçam as causas dos animais. “Usamos  nossas redes sociais, como Instagram e Facebook, onde a gente interage com os seguidores, e são dessas redes sociais que conseguimos nos manter, com doações das pessoas, seguidores, que nos conhecem, e conseguimos doações para pagar clínica, ração, pois nos lares temporários, arcamos com tudo, inclusive com os produtos de limpeza”, falou Shayany.

Nos cinco anos de atuação da ONG, foram inúmeros casos de animais resgatados, além  de pedidos de ajuda com tratamentos. Hoje, cerca de 16 animais estão em abrigos temporários e 3 internados em clínicas.



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