Prefeito analfabeto prioriza educação no orçamento municipal

Quando criança, ao invés de estudar, precisou ir trabalhar na roça

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Em Quixaba, cidade com 7 mil habitantes localizada no sertão pernambucano, Antônio Ramos da Silva, de 69 anos, segue uma carreira política invejável: ele foi prefeito, presidente da câmara municipal e agora, em 2016, acaba de ser reeleito vereador.

O que o diferencia de tantos outros políticos espalhados pelo Brasil é um fato simples que ele não esconde de ninguém: ele é analfabeto, pois quando criança, ao invés de estudar precisou ajudar a família na roça.

Quando se elegeu prefeito em 1992, Silva teve que lidar com uma cidade onde só haviam escolas sucateadas e sem profissionais qualificados. Ao assumir o cargo, a educação passou a ser uma de suas prioridades e chegou a receber 37% do orçamento municipal – bem acima do piso constitucional que é de 25%.

“Fiz tanto pela educação porque sempre senti na pele o quanto ela faz falta”, contou. Pela lei brasileira, analfabetos podem votar, mas não podem se candidatar a nenhum dos cargos eletivos do Legislativo ou do Executivo. No entanto, como Silva consegue copiar palavras e assinar o próprio nome, a Justiça Eleitoral não invalidou sua candidatura.



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