Prefeitos piauienses terão lixo como grande desafio por falta de planejamento adequado

Os prefeitos eleitos no Piauí hoje vão se deparar com o problema do lixo, já que muitas prefeituras estão atrasadas na implantação de planos de manejo

Lixão em Teresina. | Reprodução
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Os prefeitos piauienses que serão eleitos hoje têm um grande desafio pela frente na área de coleta e destinação do lixo gerado nos domicílios urbanos. Os municípios do Estado, neste quesito, estão em situação complicada em relação a outros locais do país. Tudo porque a grande maioria das prefeituras ainda não criaram um plano de destino para os resíduos sólidos, tarefa que deverá ser um verdadeiro obstáculo para os próximos gestores municipais e também para o turismo.

O importante corredor ecológico entre as Serras das Confusões e a Serra da Capivara, a poucos quilômetros da cidade de São Raimundo, indo na direção de Caracol, há, na margem direita, a formação de um lixão a céu aberto onde resíduos sólidos são depositados sem a menor preocupação com o impacto que os dejetos podem causar ao meio ambiente e à geração de renda na região.

Em Picos a situação é tão séria que o Rio Guaribas virou um lixão a céu aberto. A água não é potável e a pesca deixou de ser uma alternativa para quem dependia do rio para sobreviver. O Ministério Público entrou com uma ação civil contra o município para que a cidade tome as devidos ajustes e construa aterros sanitários, mas o atual gestor ainda não fez nada a respeito.

?O prefeito deve ser responsabilizado. Aplicamos multas e fazemos embargos, mas eles recorrem à justiça e conseguem atrasar as punições?, pontua o superintendente da Secretaria de Meio Ambiente Carlos Moura Fé.

De acordo com Carlos, a Secretaria do Meio Ambiente trabalha em conjunto com o Ministério Público para aplicar as devidas penalidades. ?Estamos fazendo vistorias regulares e autuando algumas prefeituras.

As administrações que não elaborarem planos de combate ficarão impedidas de receber recursos do governo federal?, alerta. As cidades de Altos, Luís Correia, Inhuma, Ipiranga e Picos, por exemplo, já sofrem as devidas penalidades.

Manejo de lixo de lares pertence às prefeituras

Embora a questão do lixo não seja responsabilidade exclusiva do poder público, este é um dos principais desafios dos prefeitos eleitos das cidades do interior porque a maioria dos resíduos deixados no meio ambiente são domiciliares, logo, o manejo correto pertence às prefeituras. Há uma lei nacional que determina cada município a estabelecer polos de coleta de lixo até agosto desse ano, mas a meta não foi cumprida e até agora menos de 10% das prefeituras apresentaram alguma solução viável.

?Este é um problema muito sério, poucas cidades tratam o lixo de forma adequada. As prefeituras que não apresentaram nenhum plano de metas para erradicar o lixo sofrerão as devidas punições da lei. O prazo não será estendido e os gestores devem ficar atentos a esta questão?, informa o superintendente .

Prevista para acontecer em outubro de 2013, a 4ª Conferência Nacional de Meio Ambiente procurará junto a gestores e população, encontrar soluções conclusivas para o problema do lixo residencial. Antes do encontro haverá mobilizações municipais e estaduais. O encontro é importante porque o destino correto para os dejetos é uma das prioridades dos novos prefeitos.

A destinação correta dos resíduos ainda está longe dos resultados esperados. Desde o último dia 2 de agosto, as prefeituras que quiserem recursos federais para o manejo de resíduos têm que apresentar um plano local com estratégias para o setor.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES