Prefeitura do Rio libera R$ 3 milhões para escolas afetadas por incêndio na Cidade do Samba; fotos da tragédia!

Ainda segundo a prefeitura, o prefeito vai tentar viabilizar os recursos com a iniciativa privad

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Incendio na Cidade do Samba | Divulgação
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O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, anunciou nesta terça-feira (8) a liberação de R$ 3 milhões para as três escolas de samba que foram afetadas pelo incêndio na Cidade do Samba, na Zona Portuária. De acordo com a prefeitura, a Grande Rio, a mais atingida, vai receber R$1,5 milhão. Já a Portela e a União da Ilha vão ter uma ajuda de R$ 750 mil cada.

Ainda segundo a prefeitura, o prefeito vai tentar viabilizar os recursos com a iniciativa privada, mas se nenhuma empresa quiser ajudar, o próprio município dará o dinheiro. O anúncio foi feito durante a inauguração das obras de construção do Centro Cultural João Nogueira, que funcionará no Méier, nas instalações do antigo Imperator.

O diretor de carnaval da União da Ilha, Márcio André, informou que vai investir todo o dinheiro doado nas fantasias. Segundo ele, a escola vai para a Avenida com todos as alegorias e alas previstas no enredo ?O mistério da vida?, do carnavalesco Alex Souza. As fantasias das alas comerciais, segundo ele, não foram destruídas pelo fogo.

?A nossa escola vai entrar completa na Avenida, vamos levar todos os nossos componentes, não da maneira que queríamos, mas com toda a garra e força que a nossa comunidade tem. Esse dinheiro veio em boa hora e vamos usá-lo para reconstruir as nossas fantasias, que serão mais simples, mas bonitas e com o suor da nossa gente?, disse Márcio.

Além da ajuda financeira da prefeitura, a Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) vai montar três tendas de cerca de mil metros quadrados cada para abrigar os carros alegóricos das escolas de samba União da Ilha e Portela. Segundo o diretor de carnaval da liga, Elmo José dos Santos, as estruturas começarão a ser erguidas ainda nesta terça.

Segundo ele, a Grande Rio, também afetada pelas chamas, vai se mudar para o barracão 7, onde atualmente funcionam as oficinas. ?As escolas poderão guardar as suas alegorias até que os seus barracões sejam liberados. Já a Grande Rio, que teve o barracão completamente destruído, vai ficar no barracão 7 e ficará por lá pelo tempo que precisarem?, explicou o diretor.

Unidade dos bombeiros na Cidade do Samba

Sobre as denúncias de que o sistema de combate o incêndio não funcionaram, Elmo afirmou que tudo não passa de especulação. De acordo com ele, não há como saber se o mecanismo foi acionado ou não antes do laudo final. ?Muita gente não sabe o que está falando. Não dá para afirmar o que de fato aconteceu. O que posso dizer é que a cobertura de proteção dos pilares funcionou assim como o sistema de hidrantes", completou.

Por fim, Elmo cogitou montar uma base dos bombeiros dentro da Cidade do Samba, como já acontece no Maracanã. Ele afirmou que pretende levar a proposta ao governador Sérgio Cabral.

?Essa é uma possibilidade real. Estamos pensando em levar essa proposta ao governador. Mas tudo deve ser pensado e conversado. Nós temos condições de ter essa unidade, que seria importante ainda mais nessa época do ano, quando as escolas estão finalizando os seus trabalhos?, disse.

Danos

O incêndio atingiu quatro barracões da Cidade do Samba, na Zona Portuária. A Grande Rio teve todas as legorias, fantasias e acervo destruídos pelo fogo. Já a Uniao da Ilha e a Portela perderam suas fantasias e parte das alegorias. Outro prédio afetado foi o da Liesa, onde funcionava o Barracão Cultural. Por causa do trabalho de rescaldo, as energia foi cortada dos barracões da Vila Isabel e da Porto da Pedra, que ficam ao lado. Segundo a Liesa, a luz deve ser restabelecida quando terminarem os trabalhos dos bombeiros.

Na manhã desta terça, componentes das escolas Grande Rio e da Ilha se reuniram para discutir como será o desfile deste ano e o futuro dos barracões.

Um dia depois do incêndio que atingiu quatro barracões na Cidade do Samba, equipes do Corpo de Bombeiros ainda combatem pequenos focos no prédio que era ocupado pela Grande Rio. Três caminhões e 15 bombeiros atuaram no trabalho de rescaldo nesta manhã. Por medida de segurança, a área entre os barracões 1 e 4 foi isolada e permanece interditada pela Defesa Civil. Do lado de fora da Cidade do Samba ainda era possível ver fumaça saindo dos barracões.

Por toda área atingida pelas chamas, a imagem é de destruição. Ferros contorcidos, paredes que desabaram e carcaças de alegorias. Durante toda manhã, funcionários da Portela circulavam com o que conseguiram salvar no barracão.

Mudança nos desfiles

O folião que não estiver satisfeito com a mudança nos desfiles do carnaval carioca, decidida depois do incêndio, vai poder pedir o dinheiro de volta. Segundo a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), não será possível fazer trocas.

Como a União da Ilha, Portela e Grande Rio estavam agendadas para desfilar na segunda-feira de carnaval, foi necessária uma mudança na grade de desfiles. A decisão aconteceu após uma reunião com presidentes de todas as escolas. Com a nova ordem, a Portela, que desfilava na segunda, passará para o domingo, no lugar da Mocidade Independente de Padre Miguel, que teve seu desfile transferido para segunda.

A Liga, segundo a sua assessoria de imprensa, ainda estuda a criação de um balcão de trocas, para tentar conciliar interesses de consumidores. Mas ainda não se sabe se haverá estrutura para intermediar trocas de diferentes setores com um serviço de qualidade.

Carnaval 2011 não terá rebaixamento

Na mesma reunião de segunda-feira, ficou deicido que não haverá rebaixamento no Grupo Especial do carnaval em 2011 e que as três escolas atingidas não serão julgadas.

Como consequência das mudanças deste ano, em 2012 duas escolas serão rebaixadas para o Grupo de Acesso, em vez de uma, para voltar a equilibrar o número de agremiações no Grupo Especial.

Demolição parcial de barracões atingidos

Após uma vistoria prévia nos galpões atingidos pelo incêndio na Cidade do Samba, o engenheiro representante da Defesa Civil municipal, Luiz André Moreira Alves, informou que toda a estrutura interna do segundo pavimento desses imóveis será demolida.

"Essa foi uma vistoria preliminar, onde nós verificamos que no trecho do segundo pavimento dos galpões que eram utilizados pela Grande Rio, Portela, União da Ilha e parte da Liesa houve um comprometimento de estrutura na parte superior e a gente vai entrar com uma obra emergencial para fazer a demolição desse pavimento, para que a gente possa manter íntegro o pavimento térreo e causar menos transtornos no local", explicou Luiz André Moreira Alves.



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