Preservação de áreas verdes no Piauí pode gerar receita

Investidores poderão pagar pela preservação das matas piauienses

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Em breve a preservação das áreas verdes no território piauiense será convertida em receita. É o que garante a plataforma Ativos Verdes do Piauí, programa projetado pelo Governo do Estado em parceria com a Brasil Mata Viva que previram em audiência nesta quarta (29) o inventário de uma área de aproximadamente 100 mil hectares de áreas verdes.

O programa tem como base o PSA (Pagamentos por Serviços Ambientais), que gera como produto o Crédito Floresta. O crédito é  gerado a partir da preservação de áreas de florestas, sejam em propriedades rurais privadas ou em áreas de conservação pública,

“As iniciativas que desmatam, que causam alguma degradação, que emitem CO², seja do Piauí, do Brasil, inclusive, o governo português é um dos que tem interesse no nosso crédito floresta, até porque o Piauí é um dos pioneiros dos estados ou províncias do mundo a cumpir o acordo de Paris, o acordo das mudanças climáticas, e isso gera não só receita, mas receita que é aplicada à preservação das áreas que serão aplicadas”, explicou o governador Wellington Dias.

Os ativos verdes piauienses podem ser vendidos para empresas que desejam se consolidar como instituições socioambientalmente reconhecidas, o que as auxilia na obtenção de recursos em instituições financeiras com juros mais baixos. Para quem gera os ativos são geradas receitas para manutenção e proteção de 100% da área em preservação, além de investimentos em áreas degradadas como reflorestamento e recuperação de matas ciliares.

“As pessoas serão incentivadas a preservar, os produtores serão incentivados a preservar, os empresários que consomem e têm projetos serão incentivados a investir em preservação porque isso vai trazer benefícios para eles. Todas as partes vão ganhar gerando um ativo novo, que é um ativo verde”, garante o representante da Brasil Mata Viva, Olavo Noledo.

Próximos passos

Agora cabe à direção da Brasil Mata Viva apreciar o inventário apresentado pelo Estado com as áreas nativas que poderão gerar crédito floresta. A previsão é de que na próxima semana seja celebrado o contrato e lançada a plataforma Ativos Verdes do Piauí de oferta de créditos para preservação de floresta.

O secretário de Meio Ambiente, Ziza Carvalho, explicou sobre as tratativas legais para funcionamento do programa. “Toda a parte burocrática, de legislação, os normativos já foram aprovados pela Assembleia Legislativa, os decretos de regulamentação desse sistema de ativo verde já foram todo feitos. Aqui fizemos o detalhamento final com a Mata Viva para que a gente possa finalmente lançar esse programa”, informou.

Georreferenciamento

A audiência desta quarta também tratou com o Instituto de Terras do Piauí (Interpi) sobre um programa que pode agilizar o georreferenciamento das áreas trabalhadas com o crédito. O monitoramento vai permitir saber quem são os proprietários e qual a localização exata das áreas.

Pioneirismo

A plataforma Ativos Verdes, do Piauí; e a Tesouro Verde, do estado de Goiás; saíram à frente e já estão buscando novos recursos externos que fomentem a preservação de suas florestas nativas. Mais informações podem ser acessadas no site a Brasil Mata Viva, para acessar clique AQUI.



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