Presos compraram 50 kg de ureia para adicionar ao leite, diz promotor

Segundo MP, leite adulterado tinha 10% de água e 1% de ureia.

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Os dois sócios de uma transportadora que foram presos em Rondinha, no Norte do Rio Grande do Sul, na manhã desta quarta-feira (22) durante a Operação Leite Compensado 2, compraram 50 kg de ureia. É o que consta em notas fiscais encontradas na propriedade rural onde foram realizadas as buscas, de acordo com o promotor Mauro Rockenbach, do Ministério Público, que desencadeou a ação em conjunto com o Ministério da Agricultura.

"Foram encontrados aqui notas que comprovam a aquisição de 50 kg de ureia. Ainda é pouco, mas continuamos as buscas", disse Rockenbach. Os documentos foram apreendidos por policiais civis que acompanharam a operação.

Na operação foram presos os dois irmãos que mantinham a transportadora, Antenor Pedro Signor e Adelar Roque Signor, além de um funcionário. O promotor afirmou que todos os investigados, tanto da primeira quanto da segunda fase, utilizavam a mesma fórmula para adulterar o leite. "Eles misturavam ao leite 10% de água e 1% de ureia, substância que contém formaldeído", explicou.

Um dos presos, Antenor Pedro Signor, afirmou que a ureia seria destinada a outras atividades rurais. Ele diz não ter conhecimento de que seria adicionada ureia ao leite. "Não posso culpar meu irmão, mas vou ser sincero: não sou responsável pelo leite. Eu trabalho na lavoura. Mas a empresa também está no meu nome, o que eu vou dizer?", lamentou.

Além das três prisões, foram apreendidos três caminhões na propriedade de Rondinha. Durante uma busca em Boa Vista do Buricá, foi encontrado um papel com a receita da adulteração do leite.

Segundo o promotor, não é o que consta na investigação. "Temos interceptações, comprovação da aquisição de ureia, e o local ficava sob responsabilidade dele. Temos elementos que o ligam ao grupo", disse Rockenbach.

Nesta quarta-feira, o MP cumpriu quatro mandados de prisão em Rondinha. Três pessoas foram presas, dois sócios de uma transportadora e um motorista. O quarto suspeito já estava preso desde a primeira fase da operação por envolvimento no esquema de Ibirubá.

O esquema é semelhante ao encontrado nos outros núcleos já investigados: os envolvidos misturavam água e ureia ao leite antes de levar o produto para as empresas, para dar consistência ao líquido e lucrar mais na comercialização.



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