Primeiro-ministro de Portugal é alvo de operação policial; pediu renúncia

António Costa, que cumpria seu terceiro mandato como primeiro-ministro, negou participação nas irregularidades.

Primeiro-ministro de Portugal, António Costa | Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images
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Nesta terça-feira (7), o primeiro-ministro de Portugal, António Costa, do Partido Socialista, entregou seu cargo após a Procuradoria-Geral da República portuguesa anunciar que ele é alvo de uma investigação sobre um suposto esquema irregular de exploração de lítio e hidrogênio verde por parte do governo do país. 

Mais cedo, a polícia portuguesa fez uma operação de busca e apreensão em sua casa e em ministérios, prendendo o chefe de gabinete de Costa como parte do mesmo caso. O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, aceitou a renúncia e se reunirá com os líderes dos partidos do país na quarta-feira (8) para decidir quando realizar novas eleições. 

António Costa, que cumpria seu terceiro mandato como primeiro-ministro, negou participação nas irregularidades e seguirá sendo investigado pelo inquérito, que corre de forma independente no Supremo Tribunal de Justiça de Portugal. "Encerro com a cabeça erguida. Não me pesa na consciência a prática de qualquer ato ilícito ou sequer de qualquer ato censurado".

Em um comunicado, Rebelo de Sousa afirmou que se reunirá na quarta-feira (8) com os líderes dos partidos do país. A partir daí, ele decidirá quando realizará novas eleições. De acordo com a legislação portuguesa, o premiê não precisaria renunciar mesmo sendo alvo de uma investigação, mas Costa optou por fazê-lo. Sousa venceu as eleições em janeiro de 2022 e governava sem alianças desde então.

Segundo a PGR, as investigações que geraram os mandados de busca, apreensão e detenção apuram supostas irregularidades em contratos do governo para a exploração de lítio em minas portuguesas, além da produção de energia a partir de hidrogênio.

Três projetos diferentes, no total, são investigados no mesmo caso:

  • Concessões de exploração de lítio nas minas do Romano, no vilarejo de Montealegre, e do Barroso, no município de Boticas. Ambos ficam no norte do país;
  • Um projeto para uma central de produção de energia a partir de hidrogênio na cidade de Sines;
  • Um projeto para a construção de um datacenter, também em Sines, pela empresa Start Campus.



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