Professora do fundamental escreve em blog sobre sexo que tem 3 mil acessos por mês

"...hora do jantar , a parceira sentada com uma camisa de botão meio aberta e apenas uma calcinha sexy ou interessante. Ela levanta, (numa atitude bem ativa e deliciosa por ser assim sem esperar que a iniciativa seja do parceiro sempre) se coloca na frente do seu homem entre suas pernas, ele a toca... sente sua pele... ".

São as palavras de Gabriela Pujol Bell, professora do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, no blog www.hmsemneuras.blogspot.com. Na página, que já conta com 3 mil acessos por mês, a também escritora fala, sem nenhum pudor, sobre o assunto que mais gosta e se interessa em falar: sexo.

Nada, porém, com termos considerados chulos ou linguagem vulgar. De maneira discreta aborda temas como os amigos de benefício e festas de swing. Os textos são elegantes a ponto de diretoras de colégios não se manifestarem contra o trabalho paralelo de Gabriela.

"Sabem que é uma atividade fora da escola. Não afeta em nada o meu desempenho dentro das salas de aula", garante a blogueira.

A história da picante página começou quando, há dois anos, Gabriela passou a escrever artigos sobre educação para os jornais de Petrópolis, onde mora desde criança. Leitora voraz, descobriu que também tinha certa facilidade em chamar atenção pelos textos. Até que, por indicação de um amigo, começou a escrever sobre um assunto que julgava ter um bom domínio.

"Já achava que tinha capacidade para falar sobre o tema de uma maneira diferente e decidi arriscar. Foi meio difícil no início, mas acho que o essencial é e me sentir bem comigo. Hoje estou tranquila quanto a isto".

Com o sucesso da coluna, em novembro do ano passado criou coragem para dar início a um blog só sobre sexo. Deu tão certo que já lançou um livro: o "H&M sem neuras... ", à venda no site www.agbook.com.br. O motivo do sucesso? Ela tenta responder:

"Tento lidar com o tema de uma maneira inteligente. É um diferencial. Também tem o fato de ser uma mulher falando publicamente sobre sexo, três vezes por semana. Não sei se a sociedade ainda aceita isso. De qualquer maneira, acho que consigo aumentar o interesse de homens e mulheres em debater o assunto".