Professores do município de Socorro do Piauí completam 30 dias de greve

No início de fevereiro, o governo oficializou o aumento do piso salarial de professores da rede pública de educação básica de R$ 2.886 para R$ 3.845

greve | Reprodução
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Professores da rede municipal de Socorro do Piauí, distante a 487 km de Teresina, completaram 30 dias de greve na quinta-feira (16). A principal reivindicação da categoria é o pagamento do reajuste do piso salarial do magistério, previsto em lei federal, com repercussão para todos os níveis da carreira. A prefeitura alega não ter condições de pagar o valor solicitado. 

Na avaliação de professores grevistas, a adesão do movimento é de pelo menos 70% dos efetivos. Alguns não suspendem as atividades, segundo professores, por medo de represália. No município, o salário base para carga horária semanal de 40 horas é de R$ 2. 886.

Manifestação de professores em Socorro do Piauí (Foto: reprodução)

Para pressionar a prefeitura de Socorro do Piauí, professores e pais de alunos realizam constantes manifestações com faixas e carros de som, além de colar cartazes em prédios públicos. “Não exija qualidade do nosso trabalho sem valorizar nossos direitos”, frisam algumas faixas.

No início de fevereiro, o governo oficializou o aumento do piso salarial de professores da rede pública de educação básica de R$ 2.886 para R$ 3.845. O reajuste é de 33,24%. Dias depois, professores de Socorro do Piauí se reuniram para cobrar um posicionamento do poder municipal. Nos dias 24 e 25 de março, a categoria paralisou os serviços por falta de respostas e em maio foi deflagrada uma greve por tempo indeterminado.

Leia Mais

Manifestação de professores em Socorro do Piauí (Foto: reprodução)

“Primeiro ele [Zitim Coelho] propôs um reajuste de 7%, tentamos conversar, mas não houve êxito. No dia 16 de maio surgiram ameaças contra os professores grevistas, a prefeitura queria cortar os pontos dos trabalhadores e tentaram bloquear nosso direito de iniciar uma greve”, contou o professor Edgar Oliveira.

Após novas manifestações, a prefeitura ofereceu um reajuste de 10,60%, o que também não foi aceito pela categoria.

O que diz Zitim Coelho (MDB)

Ao Meionorte.com, o prefeito Zitim Coelho (MDB) negou que a prefeitura tente intimidar professores grevistas. Segundo ele, foram realizadas negociações para aplicar um reajuste de 10,60%.

“Não é possível implantar o reajuste de 33,24% no momento. Estamos tentando implantar o tempo integral nas escolas e até o final do ano vamos encaixar novos reajustes para suprir os salários. O total de 100% do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) está sendo aplicado na folha de pagamento dos professores”, falou.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES