Professores em greve montam acampamento em palácios de governo

Segundo estimativas do sindicato, cerca de 80% da categoria está em greve.

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A greve dos professores já dura 75 dias e o governo se preocupa com o ano letivo prejudicado dos estudantes | Reprodução/Jornal Meio Norte
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Apesar dos ganhos que os professores já atingiram, os municipais estão decididos a continuar a luta para que a Lei do Magistério seja cumprida. Acampados desde a última sexta-feira em frente à Prefeitura Municipal, cerca de 200 pessoas se revesam entre barracas e colchões improvisados.

Segundo estimativas do sindicato, cerca de 80% da categoria está em greve. Professores prometem assembleia para hoje para que sejam decidas as próximas ações do movimento.

Sinésio Soares, presidente do Sindserm (Sindicato dos Servidores da Municipais) fala que esperam ser cumprido o documento assinado com a coronel Júlia, afirmando que haverá mesa de negociação com o prefeito Elmano Férrer (PTB). ?Se o prefeito radicaliza e fica sem receber os professores há 79 dias, nós também permanecemos para que a lei seja cumprida?, conta Sinésio.

O sindicalista acrescenta que a categoria está disposta a não abrir do cumprimento da lei do magistério, pois segundo a economista do sindicato há condições de pagar os 22,22% que a lei obriga.

Até agora os professores nas ruas garantiram a conquista de gratificações como GIDE (incentivo à docência) 12%, GESOR (Gratificação para Zona Rural) 12%, GIO (incentivo operacional) 12% e GITE (para professores intraturno) de 39%. Sinésio acrescenta que os ganhos são importantes, mas estão respaldados na ação da promotora Leida Diniz, que aponta para que a Lei do Magistério seja cumprida como um todo.

Rede Estadual escolhe acampar no Karnak

Professores da rede estadual de ensino estão há 59 dias de greve e mantêm fortes mobilizações, acampam no Palácio de Karnak, onde reivindicam contra o projeto de lei aprovado na Assembleia Legislativa dos professores em caráter de urgência. Os professores, além do piso salarial reivindicam também o fato do projeto retirar a regência dos professores. Os professores prometem juntar-se ao movimento que acontece hoje em defesa do serviço público, que unirá outros setores como educação superior, saúde e segurança.

?Tiramos uma comissão para mobilizar nas escolas e dialogar com os professores, é inadmissível depois da retirada da regência, os professores entrarem em sala de aula?, argumento Alisson Ferreira, professor que compõe a oposição Educação Conlutas.

O diretor de Comunicação do Sinte, Kassius Lages, afirma que Odeni está em Brasília, onde haverá conversa com o ministro da Educação, Aloisio Mercadante, para tratar dos problemas da educação estadual do Piauí. ?Nessa reunião o sindicato fará a denúncia do que está ocorrendo com os recursos. Já que existem 109 milhões de reais a serem aplicados, verba suficiente para pagar o reajuste dos professores, conta Kassius.

A verba mencionada pelo sindicalista é do FUNDEB (Fundo para Desenvolvimento da Educação básica).

Assim como os professores municipais os professores estaduais se respaldam na ação da promotora Leida Diniz, segundo o movimento grevista, é algo que demonstra que a greve está dentro da legalidade.



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