Profissionais técnicos têm renda 21,7% maior que a média no Nordeste

A comparação é feita com perfis socioeconômicos semelhantes que concluíram apenas o ensino médio

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A educação profissional é uma das soluções para que os jovens brasileiros entrem no mercado de trabalho mais rapidamente e sejam preparados para suprir a demanda por mão de obra qualificada e especializada que o país necessita.

A prova de que esse tipo de formação tem gerado resultado positivo é que profissionais que possuem curso técnico têm renda média 17,7% maior que perfis socioeconômicos semelhantes e que concluíram o ensino médio. No Nordeste, por exemplo, esse percentual chega a 21,7%. O estudo é do Sistema Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI).  

Na Paraíba, o SESI e o SENAI são instituições que buscam investir na qualificação de profissionais com capacidade técnica, alinhada às demandas do setor produtivo. De acordo com a Federação Industrial do estado, só em 2018, foram quase 18 mil matrículas em 59 cursos de educação continuada nas áreas de educação, saúde, ética socioempresarial e promoção da saúde. Foram registradas ainda mais de 17,3 mil matrículas em educação profissional.

Quem teve a oportunidade de estudar em ambas instituições foi Francisco José Pereira de Andrade, de João Pessoa (PB). O jovem entrou em 2014 no SESI para fazer o ensino médio e descobriu a paixão pela robótica. Foi competidor por três anos e chegou a ser campeão de um torneio nacional. Além disso, o paraibano buscou ter uma qualificação profissional e entrou no curso técnico em redes de computação, oferecido pelo SENAI.

“É totalmente recompensador porque o SESI e o SENAI abrem portas. As oportunidades que aparecem depois, você entrar em uma faculdade com curso técnico, se você não quer faculdade, já arruma trabalho como técnico, então é muito gratificante. Além de sair de lá preparado tanto para o mercado de trabalho quanto para o acadêmico”, afirma Francisco, que hoje estuda psicologia.

Demanda e empregabilidade

Ainda de acordo com a Federação das Indústrias da Paraíba, as áreas de construção civil, gestão, tecnologia da informação, logística, mecânica, alimentos e bebidas, energia e eletroeletrônica são as que têm aumentado a demanda por profissionais no estado.

Para suprir essa procura, o SENAI tem conseguido atender todo o estado através das unidades existentes em locais estratégicos e do centro de ações móveis, o que possibilita levar a sala de aula para os municípios e localidades que não possuem unidades fixas.

Além disso, os alunos que se capacitam pela instituição tem reconhecimento dos empresários locais. Segundo a FIEP, até 2017, quase 68% dos egressos da instituição estavam trabalhando com carteira assinada. Os egressos da área de aprendizagem apresentam o maior nível de ocupação com carteira assinada. Em seguida, vem aqueles formados pelos cursos técnicos e qualificação profissional.

Os profissionais recebem uma renda média de R$ 1.700 em termos de salário mínimo. Ainda de com o levantamento da FIEP, existe uma satisfação de 9.2 pontos, em uma avaliação de 0 a 10, de alunos que já cursaram os cursos do SENAI entre 2015 e 2017.

O reconhecido pelo trabalho desenvolvido pelas instituições como o SENAI, que integra o chamado Sistema S, também chegou ao meio político. No Congresso Nacional, senadores e deputados elogiam o trabalho prestado pelo SESI e SENAI, principalmente por ajudar pessoas de baixa renda.

Um dos apoiadores é o deputado paraibano Efraim Filho (DEM-PB). Para ele, o sistema S tem um papel muito importante para o estado, pois prepara os jovens para um mercado competitivo.

“O Sistema S na Paraíba tem conseguido cumprir sua função e ser um importante instrumento de qualificação do trabalhador paraibano, ajudando, inclusive, através da diferenciação na qualidade da mão de obra, trazendo empresas e investimentos externos para o estado e promovendo o desenvolvimento do nosso povo”, ressaltou o parlamentar.

Educação

As escolas do SENAI já capacitaram mais de 76 milhões de trabalhadores em 28 áreas da indústria. Atualmente, a instituição conta com 587 unidades fixas e 457 móveis.

Além disso, de acordo com dados do SENAI, a maioria dos industriais preferem contratar os alunos da instituição. A preferência é de 95% por jovens dos cursos técnicos, 97% dos cursos de Aprendizagem Industrial e 97% dos cursos de qualificação. Em 2018, 84,3% de alunos do SENAI submetidos ao Sistema de Avaliação da Educação Profissional (Saep) atingiram os níveis adequado e avançado na escala da avaliação.

Já o SESI, atualmente, tem 501 escolas, 114 unidades de vida saudável e 553 unidades móveis. Só em 2018, a instituição beneficiou mais de 3,5 milhões de pessoas em ações de saúde e segurança no trabalho e realizou mais de um milhão de matrículas na área de educação. (Juliana Gonçalves/Rádio Mais)

  



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