Tratamento de Tabagismo HU UFPI tem 40% de eficiência

O Programa de Tratamento de Tabagismo (PTT-HU/UFPI) integra as estratégias do Ministério da Saúde

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Desde sua implantação na UFPI, o Programa de Tratamento de Tabagismo - PTT conseguiu atingir, em quase todos os anos, média de eficácia superior à estabelecida pelo SUS, que é de 30% de manutenção de abstinência por parte dos participantes, após um ano de tratamento. Em 2013, o programa atingiu eficácia de 40%.

Há seis anos, a Universidade Federal do Piauí vem desenvolvendo ações para diminuir o número de fumantes em Teresina. O Programa de Tratamento de Tabagismo (PTT-HU/UFPI) integra as estratégias do Ministério da Saúde e é coordenado nacionalmente pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA). Com o objetivo de prevenir e reduzir a incidência do câncer e de outras doenças relacionadas ao tabaco, o Programa foi premiado com o "Diploma de Mérito pela Valorização da Vida" conferido pelo Conselho Estadual de Políticas Públicas sobre Drogas, em 2010.

Apesar do número de fumantes ter diminuído em 50% desde 1989, o tabagismo ainda se configura como problema para a população mundial. De acordo com pesquisa desenvolvida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), no ano de 2008, o tabagismo foi considerado a principal causa de morte evitável em todo mundo. Segundo o site do INCA, cerca de 4,9 milhões de pessoas morrem todos os anos devido ao uso do cigarro e esse número tende a aumentar a cada ano. São mais de 50 doenças relacionadas ao uso do tabaco e em 90% dos casos de câncer de pulmão a causa é o cigarro. Uma pesquisa desenvolvida em 2012 pelo Vigitel Escola demonstrou que 11,4% de adultos ainda fumam em Teresina.

Programa de Tratamento de Tabagismo - PTT

Diante desse contexto, o PTT foi implantado com o objetivo de tratar e conscientizar fumantes. Segundo o professor da Universidade Federal do Piauí e um dos implantadores do Programa em Teresina, Dr. Francisco Teixeira Andrade, para instituir o programa dentro do Hospital Universitário (HU) a equipe pioneira cumpriu um conjunto de etapas: passou por treinamento com especialistas do INCA, tornou o HU um ambiente livre do tabaco e venceu trâmites burocráticos diversos. "Embora o atendimento ambulatorial de fumantes tenha se iniciado no final de 2007, a equipe primeira já fazia reuniões de caráter técnico e cientifico desde 2005".

O PTT recebe o apoio do Sistema Único de Saúde (SUS), que disponibiliza insumos (cartilhas, formulários etc.) e medicamentos (gomas, pastilhas e adesivos de nicotina, além da Bupropiona).

Os participantes são atendidos por uma equipe multiprofissional formada por enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, psiquiatra, nutricionistas, técnicos de enfermagem e estagiários. A enfermeira Ozinalda Veloso, que integra a equipe do PTT/HU, explica que os profissionais trabalham em conjunto para atender as necessidades de cada paciente.

O tratamento tem como eixo a abordagem cognitivo-comportamental que busca desenvolver nos participantes mudanças de comportamento que incluem e facilitam o para de fumar. "Antes de iniciar o tratamento, os participantes passam por uma avaliação clínica, social e psicológica. Em seguida, eles são reunidos em grupos de até 15 pessoas para participarem das reuniões", esclarece a enfermeira.

O Programa possui uma estrutura definida com duração de 1 (um) ano. Ozinalda Veloso explica que "no primeiro mês, são realizadas reuniões semanais, com objetivo de conscientizar o fumante de sua situação, informando alternativas de tratamento. Os fumantes devem conseguir parar de fazer uso do tabaco desde o início das sessões. A partir do segundo mês, os encontros têm finalidade de manutenção da situação de abstinência".

PTT na UFPI

"O tratamento do vício no tabagismo é complicado porque demanda grande motivação da pessoa e a maioria tem recaída ou desiste do Programa", diz a enfermeira Ozinalda. Como afirmado, desde sua implantação na UFPI, o PTT-HU/UFPI conseguiu atingir, em quase todos os anos, eficácia superior à estabelecida pelo SUS, que é de 30% de manutenção de abstinência por parte dos participantes ao completarem um ano de tratamento.

Atualmente, o PTT auxilia 16 grupos e já ajudou a mudar a vida de muitas pessoas. O comerciante Davi Pereira, 41 anos, participou do Programa em 2013 e não fuma há 1 (um) ano. "Eu fumava desde os 18 anos de idade e estava com vários problemas de saúde, inclusive pressão alta. Se não fosse a equipe que me acompanhou, eu não teria conseguido sozinho. Agora, estou livre do álcool, do cigarro, melhorei a minha saúde e até durmo melhor", declara Davi.

O PTT está disponível para toda a população piauiense de forma gratuita. Para se inscrever, basta ligar para o Centro de Tabagismo, instalado no Hospital Universitário, e se cadastrar. Mais informações pelo telefone (86) 3237-1537.



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