Programa do governo federal ajuda viciados vencer o crack no Piauí; saiba

Promovido pelo governo federal, o programa “Crack, é possível vencer”, foi iniciado há um mês com a meta de aumentar as possibilidades de tratamento

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Implantado no último mês de 2011, o Programa do Governo Federal ?Crack, é possível vencer? vem desenvolvendo trabalhos nas mais diversas áreas do enfrentamento às drogas no Piauí.

O Programa, tem por objetivo aumentar a oferta de serviços de tratamento e atenção aos usuários e seus familiares, reduzir a oferta de drogas ilícitas por meio do enfrentamento ao tráfico e às organizações criminosas e promover ações de educação, informação e capacitação.

A Coordenadora geral da Coordenadoria de Enfrentamento às Drogas, Zita Vilar, conta que pensar em políticas públicas no tocante às drogas no país ainda é algo novo e ressalta que todos os Estados estão caminhando juntos e, aprendendo também.

Ela conta também que é o momento do Piauí atentar para questões mais prementes no atendimento na parte preventiva para não deixar acontecer o que hoje ocorre em metrópoles como São Paulo, onde a dependência e o tráfico parecem ter saído do controle do poder público.

Os eixos de atuação do programa são cuidado, englobando a saúde e a assistência social, autoridade que leva em conta a segurança pública e a prevenção envolvendo as questões educativas e a informação sobre o tema. No total, as ações e compras de equipamentos para o programa envolvem 4 bilhões de reais da União em articulação com todos os Estados e Distrito Federal.

No Piauí, apenas no que diz respeito à prevenção estão em andamento ou em fases de finalização, sete cursos de capacitação nas mais diversas áreas. O curso de capacitação para conselheiros e lideranças comunitárias destinou 4 mil vagas.

Já o curso de de prevenção ao uso de drogas para as escolas públicas, foram 2.500 vagas e em instituições religiosas 500. O eixo também prevê capacitação para todo efetivo da Polícia Roviária Federal do Piauí, além de 600 operadores de direito.

Profissionais passam por capacitação como forma de prevenção

Para Zita Vilar, os cursos de capacitação para educadores de escola pública têm surtido efeito no interior do Estado.

?Sabemos o quanto é difícil chegar às escolas com novas intervenções, porque os professores já são bastante sobrecarregados. Mas me senti muito satisfeita quando visitei Castelo do Piauí e os professores perceberam que podiam aplicar os conhecimentos de modo transversal nos contéudos da sala de aula?, diz Zita.

Zita conta que em visita às escolas, uma das professoras resolveu aplicar o conteúdo da capacitação na disciplina de ensino religioso. ?A partir de iniciativa os estudantes foram realizar pesquisa na comunidade sobre a temática do uso de drogas. Essa foi uma iniciativa interessante porque colocou adolescente para conversar com adolescente?, conta.

No entanto, Zita aponta diversas dificuldades para implantação deste programa, a iniciar pela falta de diálogo para ouvir estados, na identificação de suas peculiaridades e necessidades.

A primeira das dificuldades é que não há participação dos Estados e municípios na execução. De forma descentralizada, não há como a coordenadoria avaliar o andamento do programa. Os cursos de capacitação são a distâcia, o que dificulta maiores diálogos com professores e abordagens locais.

Programa prevê atenção no cuidado e na segurança pública

Nas diretrizes do programa existem diversas abordagens para quem deseja se recuperar da dependência do crack.

Entendendo que não há um tratamento único para os diversos sujeitos, o programa prevê também atuação em unidades de atendimento no tocante à saúde e cuidado.

No Piauí, as ações em curso neste setor ainda enfrentam avaliações para implementação. No entanto, têm a meta de assegurar 60 vagas em leitos de comunidades terapêuticas associadas ao Estado.

Zita Vilar, embora faça avaliação de que as ações para o Estado não passaram por um estudo das necessidades de cada um deles, conseguiu implementar 50 leitos especializados para dependentes em Centro de Atedimento Psicossocial Álcool e Drogas 3 (CAPs-AD 3).

Além disso, fruto de outro processo demorado de diálogo junto ao Governo Federal, Zita conta que estuda-se a construção de unidades CAPs AD 24 horas nos municípios. Neste eixo, o programa também prevê 6 unidades de acolhimento, sendo 3 para o público infantil e 3 para o público adulto.

No eixo autoridade, o programa prevê ações na área de segurança pública. Para tanto, o Piauí deve receber até 2014 2 bases móveis de equipadas com sistema de videomonitoramento, 40 câmeras de videomonitoramento fixo, dois veículos, quatro motocicletas, 400 equipamentos de menor potencial ofensivo, capacitação de 240 profissionais que devem atuar em locais de uso do crack e outras drogas.

Neste e em outros eixos, Zita Vilar cita dificuldades de no momento de implantação, porque o Programa não foi pensado na perspectiva de observar as várias nuances presentes em diferentes parte do país. Por exemplo, as ações seriam implantadas em apenas uma zona. ?Imaginamos que o programa tomou por base cidades como São Paulo.

Em Teresina vemos que os principais focos estão nas zonas Centro e Norte, como teríamos que escolher apenas uma, acabamos por escolher a zona Centro-Norte, na tentativa de resolver o problema?, explica Zita.

Coordenadoria quer capilarizar ações nos

Para além dos programas do Governo Federal a Coordenadoria de Enfrentamento à Drogas, pretende capilarizar as ações nos municípios e investir na área de prevenção.

De acordo com Zita Vilar, a primeira ação foi reformar os antigos Centro Social Urbano (CSU), para transformarem-se em centros de acolhimento. Os centros devem ser inaugurados ainda em julho deste ano.

Os antigos centros passaram a ser Espaço de Acolhimento e Valorização da Vida, haverá um no Bairro Matadouro, com capacidade para 30 homens, outro na Cidade Jardim para 30 mulheres e ainda outro no Bairro Ilhotas para prevenção com atividades para crianças, adolescentes e familiares.

Inaugurada efetivamente em 2012, Zita conta que a Coordenadoria inicia o trabalho para interiorizar as ações junto aos municípios. Para ela, é preciso que as prefeituras atentem para os problemas de dependência química. ?É preciso que estado e municípios trabalhem juntos, no entanto, as prefeituras devem tomar esta responsabilidade?, explica.

Assim, este ano a equipe da coordenadoria está visitando os municípios para esta sensibilização, com a ideia de que ao final deste ano Aconteça a I Conferência de Políticas Públicas de Enfrentamento às Drogas.



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