Projeto ajuda a transformar vidas de crianças com paralisia cerebral

A iniciativa envolve diversos profissionais da saúde e pode resultar em grandes avanços para portadores de paralisia atendidos.

Inclusão Social | Raíssa Morais
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A Paralisia Cerebral (PC), causa mais frequente de deficiência motora na infância, é uma condição não progressiva caracterizada por alterações neurológicas que comprometem o desenvolvimento motor e/ou cognitivo dos pacientes.

O processo de reabilitação envolve diversos profissionais da saúde e pode resultar em grandes avanços para pessoas com a paralisia. O Instituto Rizo Movement, entidade filantrópica situada no bairro Gurupi, na zona Sudeste de Teresina, está transformando vidas através da construção de oportunidades inclusivas e possibilidades terapêuticas para esse público.

Tratamento ajuda a transformar vida de crianças com paralisia | FOTO: Divulgação/ Rizo Movement

O projeto foi criado pela médica Clara Linda Alencar há quase sete anos. Em 2015, ela decidiu formar um grupo de Whatsapp para tentar dar apoio às mães de crianças com paralisia. Depois de ouvir e ler relatos sobre a dificuldade do acesso ao tratamento necessário, a médica propôs a criação de um núcleo para disseminar informações sobre paralisia e facilitar o acesso aos procedimentos que ajudam na evolução de pacientes.

Instituto Rizo Movemente está situado no bairro Gurupi, zona Sudeste de Teresina | FOTO: Raíssa Morais

O Rizo Movement cresceu e foi incorporado a um conjunto de ações que melhoram vidas e dão apoio necessário às famílias de crianças e jovens com paralisia. Um dos principais projetos da entidade é o “Sem Dor”, iniciativa que prevê a avaliação e aplicação de toxina botulínica com sedação e acompanhamento ambulatorial por uma equipe de profissionais da saúde.

“Por meio de uma parceria com o Hospital Infantil Lucídio Portela, a gente ensina profissionais de saúde a conhecer a condição mais precocemente possível para a gente minimizar as sequelas. Queremos que essas pessoas não percam a oportunidade de ter uma vida melhor”, explicou Clara Linda.

Clara Linda Alencar, idealizadora do projeto | FOTO: Raíssa Morais

A meta, segundo a médica, é que o Instituto Rizo Movement seja referência nacional no ensino, desenvolvimento de pesquisas, seguimento e tratamento de pessoas com paralisia cerebral.

Movimento leva conhecimento a várias partes do Brasil 

Outra ação promove aulas expositivas, estudos de casos, discussões clínicas, palestras e atividades conduzidas por especialistas médicos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. Chamada Rizo Movement Itinerante, o projeto já viajou por cidades do Norte e Nordeste brasileiro para orientar a condução do tratamento de espasticidade, hipertonia muscular que dificulta ou impede os movimentos.

“Estamos buscando empresas apoiadoras e empresários que possam financiar o movimento para que a gente consiga trazer pessoas do Brasil todo. Nós vimos que as pessoas com paralisia cerebral são pessoas invisíveis e queremos mostrar que elas têm voz e precisam ter suas oportunidades evidenciadas”, disse Clara Linda.

Joelma Lustosa é mãe de um menino de 12 anos com paralisia cerebral. Ela saiu de Parnaguá, no Piauí, em busca de um tratamento adequado para o filho em Teresina. Recentemente, Joelma foi apresentada à terapia auxiliar com toxina botulínica por médicos do Rizo Movement. 

Joelma Lustosa comemora resultados de Victor Emanuel após iniciar tratamento  |FOTO: Raíssa Morais

“Rizo é vida. O Victor Emanuel está diferente do que era há pouco tempo. Eu olho para ele e consigo ver autonomia no meu filho, principalmente quando ele quer e não quer algo”, falou.

Victor Emanuel saiu de Parnaguá para fazer tratamento em Teresina | FOTO: Raíssa Morais

Facilitando o acesso ao tratamento

O médico Francisco Alencar, referência no tratamento da espasticidade, reconhece que responsáveis por crianças com paralisia cerebral sentem dificuldade de iniciar a reabilitação. “O Rizo tem o objetivo de levar informação, conhecimento precoce da paralisia cerebral e formação de médicos capacitados para promover uma melhor atenção aos pacientes”, falou.

Francisco Alencar desta objetivo da instituição  |FOTO: Raíssa Morais

Segundo Joelma, o tratamento que seu filho está recebendo na instituição vem ajudando a curar traumas de toda a família. “Eu encontrei o atendimento que eu não tive na hora de parto. Por conta da precariedade do hospital que fui encaminhada, meu filho ficou sem oxigênio durante o nascimento e isso acabou resultando em paralisia cerebral. Foi muito difícil para todo mundo perceber que ele não estava conseguindo se desenvolver como uma criança normal”, contou.

A sede do instituto se consolida como um espaço para acolhimento para pais e responsáveis, incluindo Joelma e Victor Emanuel. A médica Clara Linda Alencar ressalta que o Rizo depende também de doações para continuar ajudando as famílias que dependem da instituição. Por meio do site rizomovement.com.br, é possível realizar doações de cestas básicas e em dinheiro para continuar transformando vidas e apoiando o trabalho filantrópico.



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