Projeto quer levar energia elétrica a 66 mil escolas da América Latina; confira

as unidades ficam em locais de difícil acesso e parte delas atende a crianças de comunidades rurais, indígenas, quilombolas ou ribeirinhas.

Avalie a matéria:
o projeto pretende contribuir para a melhora da qualidade educativa | UOL
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Um levantamento feito pela OEI (Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura) aponta que 66.707 escolas da América Latina não possuem energia elétrica. Em geral, as unidades ficam em locais de difícil acesso e parte delas atende a crianças de comunidades rurais, indígenas, quilombolas ou ribeirinhas.

O mapeamento faz parte do projeto Luzes para Aprender, da OEI, que pretender levar energia elétrica e computadores com internet para essas escolas até 2014. Até agora, 200 unidades da Colômbia, Peru, El Salvador, Honduras, Paraguai e República Dominicana já receberam os equipamentos, que serão usados por 5.400 estudantes. Os próximos países atendidos serão Argentina e Uruguai.

"O fornecimento de energia elétrica tem permito a incorporação da tecnologia na sala de aula. Com isso, o projeto pretende contribuir para a melhora da qualidade educativa e a redução da exclusão digital", afirma Angélica Páez, coordenadora do projeto.

O objetivo, segundo a organização, é aumentar o acesso à educação pública de qualidade e oferecer melhores oportunidades a esses estudantes. A OEI afirma que existem mais de três milhões de crianças fora da escola na América Latina.

Brasileiros sem luz

Segundo o Inep, existem 10.036 escolas de ensino fundamental sem energia elétrica no Brasil, o que corresponde a 6,93% do total, com 260.278 alunos matriculados. Os dados são do Censo da Educação Básica de 2012 e são os mais recentes disponíveis. Há ainda 35 escolas de ensino médio sem luz (0,12% do total), que atendem a 3.673 estudantes.

O Brasil, porém, não deve receber as placas de energia solar e os computadores do programa. Segundo Páez, o Ministério da Educação informou que o programa Luz para Todos, do governo federal, se encarregará de levar energia para as escolas que ainda não possuem.

Em nota, o Ministério de Minas e Energia disse que as escolas da zona rural que ainda não têm energia elétrica serão atendidas até dezembro de 2014. "Conforme o programa vai chegando às comunidades, os domicílios e as escolas que ainda não dispõe de energia elétrica serão atendidos", afirma o órgão.

A primeira vez

O primeiro passo do Luz para Todos é instalar placas de energia solar e o sistema elétrico na escola. Em seguida, chega o computador (ao menos um por estabelecimento) e a internet. Pessoas da comunidade são capacitadas para a manutenção dos equipamentos. Os professores, por sua vez, recebem treinamento para saber como usar as novas ferramentas em sala de aula.

"Desenvolve-se um componente de formação docente e fortalecimento da comunidade para garantir a apropriação dos recursos tecnológicos fornecidos e a sustentabilidade do projeto", diz a coordenadora.

O custo do sistema é de aproximadamente 4.800 dólares (R$ 10.444) por escola, o que inclui o valor da instalação, dos computadores e da capacitação de professores e da comunidade. O financiamento vem de governos, ministérios da Educação, Energia e/ou Comunicações, assim como de empresas privadas.

A partir daí, os protagonistas são os alunos, que pouco a pouco descobrem, com curiosidade e surpresa, as ferramentas de um computador e a infinidade de informações e de imagens disponíveis da internet.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES