Psicóloga que atuou no caso Kiss auxilia colégio em que Bernardo estudava no Rio Grande do Sul

Objetivo é tratar do assunto da melhor maneira possível com os alunos. De luto, escola deve retomar as atividades a partir de terça-feira (22).

Bernardo | Reprodução/Internet
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Funcionários e alunos da escola onde estudava o menino Bernardo Uglioni Boldrini, 11 anos, em Três Passos, na Região Noroeste do Rio Grande do Sul, estão recebendo auxílio psicológico de uma profissional que atuou no atendimento aos sobreviventes da tragédia da boate Kiss, em Santa Maria. No primeiro encontro, na manhã desta segunda-feira (21), a profissional Fabiane Angelo foi ao local para conversar com professores e com direção da instituição.

O objetivo é fazer um trabalho de acompanhamento e preparar os funcionários para ajudar os alunos no retorno às aulas. De luto oficial pela tragédia, o Colégio Ipiranga deve retomar as atividades normais a partir de terça-feira (24). "Eu vim aqui dar o apoio que a gente chama de primeira resposta a um evento trágico. O que eles estão precisando nós vamos construir juntos a partir desse trabalho. A gente vai poder falar sobre o que aconteceu, sobre o que as pessoas estão sentindo, sobre como eles pensam em se preparar para receber os alunos. Essa é a ideia nesse primeiro momento", afirmou a psicóloga.

O médico cirurgião Leandro Boldrini, pai do garoto, a madrasta Graciele Ugolini Boldrini, e a amiga do casal Edelvania Wirganovicz, são suspeitos do desaparecimento e morte do menino. Eles foram presos na noite do dia 14 de abril, depois que o corpo da criança foi encontrado enterrado em uma cova em Frederico Westphalenx, no Norte do estado, e estão detidos em local não revelado por medida de segurança.

?Ele tinha muitos amigos na escola, todo mundo gostava dele. Um menino educado, querido, que tinha tudo para ser exatamente o contrário disso?, comenta a professora de português, Simone Müller.

A educadora é mãe de Lucas, amigo íntimo de Bernardo. Foi na casa da família Müller que o pai do menino foi procurá-lo no dia 6 de abril, domingo, dois dias após o suposto sumiço.

O menino estava desaparecido desde o dia 4 de abril, e foi encontrado morto, enterrado nu em um matagal em Frederico Westphalen. A cova em que o cadáver estava tinha aproximadamente 60 cm de comprimento por 40 cm de profundidade.

Entenda o caso

Segundo a família, Bernardo havia sido visto pela última vez no dia 4 de abril, quando ia dormir na casa de um amigo, que ficava a duas quadras de distância da residência da família. No domingo (6), o pai do menino disse que foi até a casa do amigo, mas foi comunicado que o filho não estava lá e nem havia chegado nos dias anteriores.

Depois de o pai registrar o desaparecimento do menino, a polícia começou a investigar o caso. O corpo do garoto foi localizado em Frederico Westphalen na segunda-feira (14). De acordo com a delegada Caroline Virginia Bamberg, responsável pelo caso, o menino foi morto por uma injeção letal, o que ainda precisa ser confirmado por perícia. A investigação dirá ainda se a vítima foi dopada antes de ser morta.

De acordo com a polícia, no início da tarde do dia 4 de abril a madrasta foi multada por excesso de velocidade. A infração foi registrada na ERS-472, em um trecho entre os municípios de Tenente Portela e Palmitinho. A mulher trafegava a 117 km/h e seguia em direção a Frederico Westphalen. O Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) disse que ela estava acompanhada do menino. A madrasta informou que ia a Frederico Westphalen comprar um televisor.

?O menino estava no banco de trás do carro e não parecia ameaçado ou assustado. Já a mulher estava calma, muito calma, mesmo depois de ser multada?, relatou o sargento Carlos Vanderlei da Veiga, do CRBM. A madrasta informou que ia a Frederico Westphalen comprar um televisor.

A delegada diz que a polícia tem certeza do envolvimento do pai, da madrasta e da amiga da mulher no sumiço do menino. "Precisamos identificar o que cada um fez para a condenação", afirmou Caroline.



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