Publicidade na pandemia: não é hora de parar, é hora de mudar

Por meio da comunicação, pode-se atuar na prioridade número um: não desaparecer de cena.

|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

A pandemia do coronavírus tem atingido seriamente diversos segmentos de mercado. Nesse momento crítico, de lojas fechadas e quarentena, é compreensível que gestores estejam focando seus esforços em salvaguardar, na medida do possível, a saúde financeira das empresas. As medidas são necessárias e urgentes, sem dúvida. Mas vale, sempre, considerar a comunicação no rol das prioridades estratégicas no enfrentamento da crise. As informações são do UOL.

Muito embora equilibrar as contas permaneça como uma prioridade de gestão na crise, é necessário não perder de vista as ações que possam consolidar a marca, evitar o ostracismo comercial e mesmo, eventualmente, alavancar a demanda por produtos e serviços que sua empresa possa oferecer.

Marcas que anunciam voltam mais fortes 

Por meio da comunicação, pode-se atuar na prioridade número um: não desaparecer de cena. Marcas que se tornarem esquecidas durante a crise terão menos chances de retomarem seus lugares junto à preferência do consumidor quando tudo voltar ao normal. Um estudo recente da Kantar aponta que as marcas que investem mais durante as crises crescem até 5 vezes mais do que as outras.

Diante dos graves acontecimentos, mais que nunca se torna relevante a importância estratégica de uma comunicação que ajude a tornar sua empresa presente e perene, que evidencie do modo correto os valores, a missão e o posicionamento de marcas e corporações junto a seus públicos de interesse. 

Relevantes, responsáveis e idôneas Tendo em vista a sua importância estratégica, torna-se patente a constatação de que esta não é hora de cortar os investimentos em publicidade, embora seja hora de repensar a comunicação e ajustá-la para fazer frente aos enormes desafios que se impõem. Em uma crise desse tamanho, comunicar significa manter-se presente e mostrar-se como empresa socialmente relevante, responsável e idônea. 

Anunciar é preciso. A Kantar apresentou outro estudo, na semana passada, que mostra que a população espera que as empresas sejam úteis na nova vida cotidiana e que elas informem quais estão sendo seus esforços para enfrentar a situação.

Reprodução

Os brasileiros esperam que as marcas sirvam de exemplo e guiem a mudança, sejam práticas e realistas e ajudem consumidores no dia a dia e que, além disso, ataquem a crise e demonstrem que ela pode ser derrotada. Em sintonia com a gravidade da situação, e em um mercado altamente complexo e em queda, uma das principais tarefas parece ser demonstrar, de modo inequívoco, empatia e solidariedade com colaboradores, fornecedores e consumidores.

Ignorar o momento vivido, insistir em mensagens promocionais convencionais ou, pior ainda, mostrar-se insensível ao sofrimento e à sina dos menos privilegiados são atitudes que podem comprometer a reputação e colocar em risco o valor da marca.

Líderes precisam se posicionar 

A crise vai passar, mas o dano causado pode ser irreversível. Não é de todo improvável que alguém da concorrência se mostre mais competente em sua comunicação e possa, eventualmente, abocanhar fatias de mercado de marcas consideradas como líderes, mas que não souberam se posicionar à altura do que o momento exige —nem muito menos fazê-lo de modo coerente, criativo e eficaz.

Criar e manter marcas fortes por meio de uma identidade bem estruturada parece ser mesmo tão (ou mais) importante do que se preocupar unicamente com a solidez financeira da empresa. Nas regras das ultra competitivas disputas corporativas, tem mais valor aquela marca que atrair e fidelizar maiores fatias de público. Por isso, anunciar é necessário.

Como sua empresa está lidando com a pandemia? Que medidas têm sido tomadas para garantir a segurança física, emocional e financeira de colaboradores, fornecedores e parceiros? De que modo sua empresa tem contribuído no esforço coletivo para fazer frente às dificuldades que se impõem? Que soluções ela oferece para ajudar a enfrentar os novos desafios? Essas são algumas das perguntas que estão sendo feitas e que devem ser o foco de uma comunicação bem estruturada, verdadeiramente útil e oportuna.

Exemplos não faltam 

Exemplos estão aí. Enquanto alguns executivos criticam o rigor da quarentena, vemos empresas que estão vindo a público defender o distanciamento social e reforçar medidas drásticas para conter o coronavírus. Gigantes da indústria estão entre dezenas de empresas que já se pronunciaram a favor de uma paralisação intensa, capaz de frear a disseminação da covid-19 pelo país.

Claro, Vivo, Oi e Tim, as quatro maiores operadoras de telecomunicação do mercado brasileiro, se uniram pela primeira vez em uma campanha que incentiva as pessoas a ficarem em casa, com a hashtag #FiqueBemFiqueEmCasa. A Chevrolet, por exemplo, iniciou uma campanha pedindo que as pessoas não usem o carro e fiquem em casa. A Sadia, por sua vez, reforça a importância de as pessoas comprarem apenas o necessário, de forma consciente.

Antes de renunciar à publicidade para cortar custos, parece mais prudente reorientar suas estratégias e seguir investindo na conexão fina com os consumidores. Esse investimento indispensável em tempos de vacas magras se mostrará decisivo quando a crise passar. 



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES