Vendas em quiosque de faculdade fatura R$ 2,6 mi com ingressos para shows

O investimento para criar o negócio foi alto. O empresário desembolsou R$ 4 milhões para estruturá-lo

Marco Antônio Affonseca, dono do Colaki, criou quiosque para vender ingressos em faculdades | Reprodução
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Vender entradas para shows, micaretas, baladas, peças de teatro, exposições, eventos esportivos e até pacotes de viagem para universitários é o negócio do empresário Marco Antônio Affonseca, 32. Em 2011, primeiro ano de atuação no mercado, o Colaki faturou R$ 2,6 milhões. Parte do segredo está no ponto de venda. Seus quiosques ficam dentro das universidades.

A conveniência conta a favor. Os vendedores ficam nas praças de alimentação ou pátios. ?Estamos no caminho diário desse jovem. Nos intervalos das aulas, ele tem a oportunidade de comprar ingressos, consultar vagas de trabalho, programar uma viagem e adquirir experiências exclusivas?, afirma o empresário.

O lucro é obtido com a negociação de uma porcentagem no valor de cada venda realizada pela empresa. Atualmente, nenhum dos quiosques paga aluguel. Segundo Affonseca, por meio de uma parceria com as universidades, ele repassa um percentual do faturamento às instituições para manter os pontos comerciais.

A empresa tem quatro unidades em funcionamento, todas em São Paulo (SP). FGV (Fundação Getúlio Vargas), Faap (Faculdade Armando Álvares Penteado), FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas) e Universidade Presbiteriana Mackenzie são as instituições que contam com o serviço.

Contato com estudantes originou ideia de negócio

Durante os quatro anos em que atuou no diretório acadêmico da Faap, Affonseca percebeu que o público universitário crescia a cada ano ? 6,3 milhões de estudantes atualmente, segundo dados do MEC (Ministério da Educação) ? e era mal atendido pelas empresas.

Foi aí que surgiu a ideia de criar um canal facilitador de cultura dentro da faculdade. ?As marcas deste nicho costumam realizar ações temporárias, nada fixo, que realmente agregue diversos serviços, facilitando a vida desse jovem?, diz.

De acordo com o criador do Colaki, a exigência de atividades complementares à graduação, por parte do MEC, incentiva a participação do universitário em eventos culturais. Porém, o estudante é quem tem de correr atrás para cumprir as visitas necessárias.

?O jovem está aberto a coisas novas, ele só precisa de uma acessibilidade. Não adianta apenas falar que ele precisa fazer uma atividade, mas é importante também mostrar como fazê-las. Às vezes, a cultura precisa estar no caminho das pessoas para não passar batida.?

Tirar negócio do papel custou R$ 4 milhões

O investimento para criar o negócio foi alto. O empresário desembolsou R$ 4 milhões para estruturá-lo. O gasto envolve a implantação dos quatro quiosques, compra de equipamentos, material de divulgação e contratação da equipe. Ao todo, são seis promotores de venda e 12 profissionais responsáveis por manter e alimentar o site da empresa com conteúdo.

No entanto, segundo Affonseca, a maior dificuldade do Colaki, hoje, é mudar o hábito dos estudantes no momento de adquirirem ingressos. Eles estão acostumados a comprar pela internet e nas bilheterias e desconhecem a possibilidade de fazer a compra na própria faculdade.

Diante do problema, o empresário percebeu que ao direcionar a divulgação do serviço para o aluno que acabou de entrar na universidade, o resultado seria melhor. ?O calouro é o foco do negócio. Ele tem a vida toda na faculdade para ser nosso cliente?, declara.

Até o fim de 2012, a empresa pretende ter mais um quiosque na Grande São Paulo e fechar o ano com faturamento de R$ 2,9 milhões. Para 2013, a meta é chegar a cem pontos de venda em todo o Estado. Affonseca também estuda a expansão do negócio no formato de franquia.



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