Ex-Polegar Rafael Ilha deve ir para própria clínica de reabilitação

Ilha, que tem passagens pela polícia e histórico de consumo de drogas

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O cantor Rafael Ilha, de 36 anos, deve ser transferido da unidade semi-intensiva do Hospital São Luiz, na Zona Sul de São Paulo, para um quarto na manhã desta sexta-feira (23). Ele está internado desde quarta-feira (20), após se ferir com um caco de vidro no pescoço.

O psiquiatra Aloísio Priuli, que cuida do ex-integrante do grupo musical Polegar, disse que o paciente deve ter alta durante a tarde e poderá ir para a sua própria clínica de reabilitação.

Ilha, que tem passagens pela polícia e histórico de consumo de drogas, mantém um centro para recuperar dependentes químicos em Embu Guaçu, na Grande São Paulo, chamado Comunidade Terapêutica Ressurreição. ?Estamos estudando se ele vai para lá, mas é provável?, disse Priuli.

De acordo com o psiquiatra, o cantor está tomando antibióticos na veia por causa do corte no pescoço. No entanto, a medicação passará a ser por via oral. ?Ele melhorou bastante, está mais tranqüilo. Amanhã [sexta], tiramos a medicação endovenosa?, afirmou. A alta deve ser depois do meio-dia, como informou Priuli.

O rapaz foi transferido na noite de terça do pronto-socorro do Campo Limpo, na Zona Sul, para o hospital particular depois de ter se machucado com um caco de vidro.

De acordo com o boletim de ocorrência registrado no 89º Distrito Policial, no Portal do Morumbi, o ex-integrante do grupo Polegar dizia que ia se matar. Ele foi encontrado no elevador do prédio onde sua avó mora, no Morumbi, e tinha um garfo na mão e um caco de vidro enfiado no pescoço.

De acordo com a Polícia Militar, o ex-cantor tentou se matar dentro do elevador de um condomínio na Avenida Giovanni Gronchi. O boletim de ocorrência, registrado na delegacia relata que Ilha foi encontrado ?consciente, de pé, com um pedaço de vidro na mão esquerda enfiado no pescoço e com um garfo na mão direita, aparentando estar sob influência de entorpecente?.

Os policiais relataram na delegacia que ele dizia a frase ?eu vou me matar?. Os policiais negociaram com ele durante cerca uma hora e Ilha aceitou jogar no fosso do elevador o garfo e o vidro.

Priuli é médico do ex-cantor há cerca de dez anos. Segundo ele, Ilha trabalhava como prestador de serviços em duas clínicas, mas estava enfrentando muitos problemas pessoais. O ex-cantor se separou da mulher recentemente e sofre com a falta do contato diário com filhos.

Polegar

Rafael era cantor do Grupo Polegar, que estourou em 1989, com a música "Dá Para Mim", e chegou a vender um milhão de discos. Ele deixou o grupo em 1991. Depois disso, o ex-vocalista acumulou passagens pela polícia. Ele foi preso pela primeira vez em setembro de 1998, quando tentava assaltar pessoas num cruzamento para comprar drogas. Roubou um vale-transporte e uma nota de R$ 1 de uma balconista na Zona Sul de São Paulo.

No ano seguinte, ele foi detido por dirigir uma moto na contramão. Depois, foram duas outras prisões por porte de cocaína. Em 2000, o ex-integrante do grupo Polegar passou mal depois de engolir uma caneta, três isqueiros e uma pilha, durante uma crise de abstinência. Meses depois, ele ingeriu outras duas pilhas e precisou ser submetido a uma cirurgia, em um hospital de São Paulo, para a retirada dos objetos.

Em 2005, foi detido em Itapecerica da Serra, em frente à clínica dele, com uma arma calibre 380, com numeração raspada. Ele acabou autuado em flagrante por porte ilegal de arma. Em setembro de 2007, o ex-Polegar voltou à delegacia, mas como vítima. Rafael se dirigiu à residência de um jovem de 30 anos com intuito de convencê-lo a se internar. De acordo com a polícia, quando o homem percebeu a chegada do ex-vocalista, acabou fugindo em seu carro. Rafael passou a persegui-lo e, após um tempo, o jovem parou o carro e teria agredido o ex-cantor.

Em julho de 2008, Rafael Ilha passou 17 dias na prisão, acusado de tentativa de sequestro, formação de quadrilha e usurpação de função pública. Ele teria tentado, junto com outras duas pessoas, colocar à força em um carro a esteticista Karina Costa, de 28 anos. Ele informou à polícia que o ex-marido dela tinha entrado em contato e pedido para que a mulher fosse internada na clínica de reabilitação contra dependentes químicos do ex-Polegar. A esteticista negou ser usuária de drogas.



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