Rapaz é perseguido em aplicativo gay e delegacia soma 183 denúncias

Estelionato e falsa identidade somam a maioria das notificações

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Delegacia | Leo Vilari
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A.V. é um jovem de 20 e poucos anos e o rapaz vem sofrendo uma série de represálias através de um aplicativo de encontros. No aplicativo, alguém criou um perfil utilizando a foto e o nome do rapaz, que é identificado na descrição como soropositivo, que realiza festas de sexo no bairro Dirceu, zona Sudeste de Teresina, e que só se relaciona com rapazes que usam calcinha.

A situação deixou o rapaz muito constrangido e quase em um colapso nervoso. Sem saber o que fazer, A.V. buscou a delegacia de crimes virtuais, mas ele afirma que o atendimento não foi dos melhores. “Eles não conhecem o aplicativo. Tenho que ficar explicando tudo o tempo inteiro e não sei mais o que fazer. Tenho procurado conhecidos para denunciar o perfil, mas sei que a pessoa que está fazendo pode criar outros. É revoltante”, relata o jovem.

Também foi criado um suposto grupo no WhatsApp com a imagem e nome do rapaz para promover festas de sexo. “Eles falam como se eu morasse no Dirceu e promovesse esse tipo de eventos. Além disso, dizem que sou soropositivo e tenho fetiches com homens de calcinha”, acrescenta a vítima.

Procurada pela reportagem, a delegada Adilia Klein, confirmou à reportagem os maiores casos que chegam à polícia. “O maior número de registros são de crimes de estelionato e falsa identidade”, disse a responsável pela Delegacia de Crimes de Internet.

Os casos de estelionato são os campeões e somam 106 denúncias de outubro de 2017 para cá. No mesmo recorte de tempo, o segundo maior volume de denúncias é o mesmo caso de A. V., que é o crime de falsa identidade, com 77 registros.

De acordo com a Polícia Civil, os números são ainda maiores porque houve uma mudança no sistema da Delegacia. Além disso, os distritos policiais também acabam apurando uma ou outra denúncia desta natureza, embora a orientação seja encaminhar para a especializada.



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