Caso Realengo: vítima convive com trauma e perda da visão

Luan foi o penúltimo dos 18 adolescentes feridos na tragédia a deixar o hospital.

Luan Vítor Pereira foi um dos sobreviventes do ataque | Divulgação
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Nem sete dias em coma induzido, ou os outros 50 internado em dois hospitais, tampouco a perda da visão do olho direito, acarretada pelo tiro de um maníaco, que destruiu seu globo ocular e ainda fez com que perdesse massa encefálica. Nada disso impediu que Luan Vítor Pereira, um dos sobreviventes do massacre de Realengo, perseverasse

?Às vezes eu pergunto: ?Luan, você fica triste por enxergar só de uma vista?? Ele responde: ?não, mãe. Com uma só eu consigo fazer tudo?. É isso que nos fortalece?, confessa Maria de Fátima Pereira, a mãe que somente no último mês conseguiu retomar a rotina de trabalho. ?É ele quem hoje segura a família?, complementa o pai, Valdecir Pereira.

?Ele teve muita vontade de viver. Ele não teve depressão, foi realmente incrível a sua força. Sua perseverança que o fez sair da cama?, diz, orgulhoso do filho que completou 14 anos no último dia 29.

Luan foi o penúltimo dos 18 adolescentes feridos na tragédia a deixar o hospital. Escapar da morte foi sua grande vitória. O próximo passo é dar prosseguimento ao processo lento de recuperação. Ele ainda não pôde retomar a rotina de futebol, por exemplo, sua grande paixão. E ainda convive com outras sequelas, além da perda da visão do olho direito.

?Foi difícil, porque devido a lesão, ele teve alguns desvios de comportamento. A atitude dele mudou. Mas posso dizer que agora ele está mais calmo. Foi um período bem difícil de aceitar?, explica Valdecir, ansioso para a próxima cirurgia de Luan. Sim, porque o hospital já ligou para a família avisando que a prótese que vai ocupar o buraco deixado pela bala em seu rosto chegou ao Instituto Nacional de Traumatologia (Into).

?Ainda existem estilhaços da bala atrás do globo ocular. Tem que mexer para dar uma levantada e ele recuperar os movimentos do lado direito da face. Ele está ansioso, não vê a hora?, conta Mária de Fátima, dando mais uma razão para se acreditar que a força de vontade de um pequeno guerreiro, de fato, fez toda a diferença.



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