Bebê morre após negligência na Evangelina Rosa

Médico e acadêmico que estavam de plantão na maternidade negaram que a mãe estivesse realmente em trabalho de parto

Daniel Guimarães | Andrê Nascimento
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Morreu no final da tarde de ontem o filho de Daniel Guimarães, menos de 24 horas depois de nascer. O rapaz contou para o MeioNorte.com o que passou na madrugada de sexta para sábado em Teresina, quando sua esposa começou a apresentar dores fortes na barriga e sangramentos.

?Chegamos na maternidade ás 23:50, e o acadêmico que me atendeu já disse logo: não tem vaga e nem previsão de quando terá?, relatou Daniel. Segundo ele, o acadêmico disse que examinaria a mulher de Daniel, mas que não iria internar pois, de acordo com seu julgamento, ela não estava em trabalho de parto, e a mandou para casa. Daniel então a levou para a maternidade do Dirceu, onde o obstetra João Valadares afirmou que sim, ela estava em trabalho de parto, mas lá também não havia vagas.

Valadares então assinou um encaminhamento, que orientava o médico que a recebesse de internar a esposa de Daniel com urgência. Eles então voltaram à Evangelina Rosa. Daniel avisou que não queria ser atendido pelo acadêmico, e sim pelo médico responsável, que era o Dr. João Gabriel. Este concordou com o acadêmico, e teria dito sobre o encaminhamento: ?ele tira suas conclusões lá, eu tiro as minhas aqui.?, e não a esposa de Daniel não foi internada.

Às 5h45min, a médica que substituiu o Dr. João Gabriel, Dra. Carla, fez o parto. Ela teria afirmado que foi ?irresponsável? não ter feito antes. Ontem, durante o programa Agora, da Rede Meio Norte, o diretor da Maternidade disse que a morte da criança havia sido por doenças cardíacas que ela teria. Hoje, Daniel afirmou que conversou com o diretor: ?Eu disse que ele estava mentido, e ele me pediu desculpas, dizendo que confundiu os prontuários e passou informações erradas?, disse. O bebê foi, então, internado na UTI da maternidade.

No final da tarde, às 18:30, o bebê não resistiu à uma hipertensão pulmonar severa e faleceu. O advogado Fernando Carvalho afirmou que acionará as esferas penal e cível. ?Se configura numa ação penal pública incondicionada, que deverá ser apurada pelo Ministério Público. Também vamos buscar a reparação dos danos causados à mãe e ao pai. Não podemos que algo assim se torne normal, que caia no descaso?, disse o advogado.



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