Réveillon: médicos alertam sobre riscos do manuseio de fogos de artifício

A Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM) alerta para os perigos associados a esses dispositivos

Réveillon: médicos alertam sobre riscos do manuseio de fogos de artifício | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Embora sejam elementos tradicionalmente utilizados nas festividades de final de ano, como o Natal e o Réveillon, os fogos de artifício apresentam riscos consideráveis se não forem manuseados com a devida precaução. A Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM) alerta para os perigos associados a esses dispositivos.

Conforme dados do Ministério da Saúde, entre 2019 e 2022, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou 1.548 internações relacionadas a ferimentos causados por fogos de artifício, resultando em uma média de um caso por dia. No ano de 2023, informações preliminares do ministério indicam um total de 266 internações com características semelhantes, ocorridas entre janeiro e setembro.

O diretor de Comunicação da sociedade, Sérgio Augusto Machado da Gama, disse nesta quarta-feira (6), que nesta época do ano, os fogos constituem grande preocupação da entidade, devido aos acidentes que provocam. As mãos, principalmente, são as partes do corpo mais expostas, além do punho, rosto e olhos, inclusive. “São os lugares onde a gente vê mais acidentes com fogos de artifício.”

CUIDADOS

O cirurgião enfatiza a importância de apreciar os fogos de artifício à distância, especialmente em locais não apropriados para pessoas não treinadas. Ele sugere precauções para reduzir os riscos de efeitos prejudiciais, como queimaduras graves, lesões e até amputações. Recomenda-se o uso de prolongadores ao soltar rojões, mantendo uma distância segura entre a mão e o artefato.

É destacado que os fogos de artifício devem ser adquiridos apenas em estabelecimentos especializados, evitando a compra de itens caseiros, e não devem ser reutilizados se não acenderem. O médico também aconselha a evitar o consumo de bebidas alcoólicas antes de acender fogos de artifício, pois isso pode aumentar o risco de acidentes.

Em relação às crianças, os cuidados se redobram. “Crianças não devem soltar nada e devem ficar longe, a uma distância segura de qualquer foguete ou fogo de artifício”, afirmou. “Infelizmente, não são só queimaduras que resultam de fogos de artifício. às vezes são amputações de dedos. Eu já peguei até amputação de mão inteira por explosão de rojões.” 

QUEIMADURAS

Queimaduras graves necessitam de atendimento urgente. Para queimaduras mais leves, sem ferimento, a indicação é lavar com água corrente, proteger com um pano úmido e limpo e procurar um serviço médico. “São medidas que se faz de imediato”, explicou o diretor da SBCM. Por outro lado, alertou que não se deve passar no local queimado pasta de dente, clara de ovo, manteiga, porque esses produtos podem trazer infecção no local. “Algumas vezes se formam bolhas, mas somente o médico pode estourar”, advertiu.

No caso de ferimentos em que hajam fraturas e amputações, o procedimento é lavar, proteger o local e, se estiver sangrando, fazer uma compressão com um pano limpo e seguir para o pronto-socorro. “Porque o grau de gravidade de uma queimadura, após uma explosão, é muito variado. Vai desde o primeiro grau até amputações terríveis”. Sem falar nas pessoas que ficam cegas, com lesão de retina ou de tímpano. “É bom comemorar, mas com precaução”.

Sérgio Augusto Machado da Gama comentou, ainda, que já existem cidades no mundo, como Praga, capital da República Tcheca, que proibiram a prática de queima pública de fogos, por conta da poluição, de risco de acidentes e de aglomerações. Além disso, os fogos, em especial os rojões, provocam estresse em criaturas com sensibilidade auditiva, como bebês, crianças, idosos, autistas e animais.

(Com informações da Agência Brasil)



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