Saiba quais são os 10 episódios que provam que ainda existe homofobia no Brasil

No entanto, agressões e crimes comprovam que ainda existe homofobia no Brasil.

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O ano de 2014, sem dúvidas, possibilitou inúmeras conquistas para a comunidade LGBT, como consolidação da união civil de homossexuais, realizamos o maior casamento gay coletivo do mundo. No entanto, agressões e crimes comprovam que ainda existe homofobia no Brasil.

Alex-Rio de Janeiro


O pequeno Alex, de oito anos, era constantemente surrado pelo pai, que odiava o jeito do pequeno. A criança gostava de dança do ventre e de lavar louça. Morreu em fevereiro após ser seguidamente espancado. O pai, Alex André, foi preso.

 

Saiaço no Pedro II-Rio de Janeiro


Em agosto, uma aluna trans foi proibida de entrar na escola onde estudava, o Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. Em resposta, seus colegas organizaram um "saiaço" para protestar contra o episódio de transfobia.

 

Levy e o aparelho excretor


No momento mais brutal de toda a disputa presidencial de 2014, em setembro, o (eterno) candidato Levy Fidelix deu um show de intolerância. Perguntado por Luciana Genro (PSOL) sobre sua posição a respeito do casamento gay, o candidato discursou: "Tenho 62 anos, pelo que eu vi na vida, dois iguais não fazem filho, e digo mais, aparelho excretor não reproduz." Fidelix conclamou os brasileiros a "enfrentarem" a minoria homossexual, recomendando que os gays fossem "atendidos no plano psicológico, mas bem longe da gente". Esse é o tipo de discurso de ódio que legitima casos de violência real.

 

Gabe Kowalczyk — São Paulo


O jovem Gabe Kowalczyk foi alvo de agressões e uma tentativa de estupro em setembro. Segundo ele, três homens partiram para cima dele em Interlagos, na zona de São Paulo. "Você quer ser mulher? Então agora vai apanhar como mulher", disseram os agressores antes de feri-lo O caso de Gabe provocou revolta no Facebook. Gabe sofreu traumatismo craniano leve, lesão no tórax e no estômago e luxação nos tornozelos.

 

Solange Ramires e Sabriny Benites - Porto Alegre


Solange Ramires, 24, e Sabriny Benites, 26, estavam com a data marcada para “trocarem alianças” em um casamento coletivo no Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Sentinelas do Planalto. Seria o primeiro casal gay a se casar em um CTG, espaço de tradições gaúchas. No entanto, o galpão do CTG foi destruído por um incêndio antes do casamento acontecer.

A polícia identificou quatro suspeitos de terem ateado fogo no local. Antes do episódio, ocorrido em setembro, o dono do centro havia recebido ameaças por causa da presença do casal de mulheres entre os 29 inscritos para o casamento coletivo. A juíza Carine Labres, responsável pela iniciativa de levar o matrimônio ao CTG, também relatou ter sido ameaçada.

 

João Antônio Donati — Goiás


O adolescente João Antônio Donati foi assassinado em Inhumas (GO), município com pouco mais de 48 mil habitantes, em setembro. O jovem gay tinha marcas de agressão no rosto e uma sacola plástica na boca A suspeita de homofobia, que era investigada a princípio, foi descartada pela Polícia Civil de Goiás depois que o suspeito do crime disse que tinha tido relações sexuais com o rapaz, acabou se desentendendo com ele e por isso o matou Entretanto, familiares, vizinhos e até a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Goiás rebatem a tese policial.

O lavrador indiciado por homicídio negou ser homossexual, apesar de ter admitido relações com outros homens. "A orientação sexual do acusado não é relevante, mas o discurso dele, sim, pois revela ódio a gays", explicou a advogada Chynthia Barcellos, da OAB-GO.

 

Max do Nascimento - Rio de Janeiro


O ator Max do Nascimento Andrade, o Maxie Maya, de 29 anos, do grupo Nós do Morro, foi agredido no centro do Rio de Janeiro em outubro, quando voltava para casa de uma festa destinada ao público LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Trangêneros). Ele disse que foi xingado com expressões homofóbicas antes de levar um soco no olho direito, por volta de 7h30, quando caminhava com um grupo de amigos em direção à estação de metrô da Cinelândia O caso foi registrado na 5.ª DP como lesão corporal.

 

Rayan, Thayrone e Yuri — Brasília


Em outubro, três jovens gays foram agredidos em um famoso bar de Brasília, o Simpsons, na 307 Sul. Seis rapazes começaram a ofender Rayan de Souza, Thayrone Rocha e Iuri Rodrigues, mirando a orientação sexual deles. Os dois grupos começaram a discutir, e os seis partiram para cima do trio Os rapazes quebraram o maxilar de Iuri, que teve de ser levado às pressas para o hospital. Rayan precisou tomar ponto por causa da agressão com a garrafa. Até o momento, a Polícia Civil de Brasília não prendeu ninguém.

 

Raphael Almeida e Danilo Putinato — São Paulo


Um casal gay foi espancado por um grupo de cerca de 15 homens dentro de um trem da Linha 1-Azul do Metrô de São Paulo em novembro. O metroviário Danilo Ferreira Putinato, de 21 anos, e o bancário Raphael Almeida Martins (foto), de 20, foram agredidos com socos e chutes e expulsos a pontapés da composição pelo grupo. Além dos hematomas e nariz quebrado de Raphael, tanto ele quanto Danilo (foto) se queixaram das ofensas repetitivas. Eles registraram boletim de ocorrência em delegacia. O crime investigado é de lesão corporal.

 

Eryka Moraes - Teresina

Uma jovem lésbica foi expulsa de um parque público em Teresina (PI) em novembro, após ser abordada por um policial militar à paisana. Eryka Alexya Moraes, de 20 anos, denuncia que ele a agrediu fisicamente. Um vídeo que circula na internet mostra que a vendedora pode ter sido vítima de homofobia, ao ser discriminada pela forma de se vestir. Na gravação, Eryka pede para o PM parar de bater nela. A resposta dele é clara: "Se você é mulher, você se vista como uma".


 

 

 

 



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