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Satélite 100% brasileiro será lançado no próximo domingo

O Amazônia 1 será o primeiro satélite de observação da Terra completamente projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil

Satélite | Foto: INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
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Foto: INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais 

No próximo dia 28 de fevereiro, à 1h54 da manhã (hora de Brasília) a partir do Centro de Lançamento Sriharikota, na Índia, o satélite Amazonia 1 será enviado para sua órbita.

Este será o primeiro satélite de observação da Terra completamente projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil. É um desenvolvimento coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e conduzido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/MCTI) em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTI).

Montagem, Integração e Testes

As atividades de montagem, integração e testes (AIT) do satélite Amazonia 1 foram realizadas no Laboratório de Integração e Testes (LIT) situado no INPE de São José Campos (SP).

Após as atividades de AIT os módulos de serviço e de carga útil do satélite foram separados, acondicionados em seus containers e transportados para as instalações da base de lançamento em Sriharikota, Índia.

Os containers com o satélite e seus equipamentos foram levados para o Prédio de Preparação de Satélites da Organização Indiana de Pesquisa Espacial (Indian Space Research Organization - ISRO).

Os containers foram abertos e seu conteúdo inspecionado pela equipe. Em seguida, foram montados os equipamentos de teste e suporte, mecânicos e elétricos, tanto na Sala de Integração (área limpa), como na Sala de Controle do satélite.

Nas instalações da ISRO seus módulos foram acoplados e o satélite foi integrado ao sistema de separação do veículo lançador PSLV-C51.

De acordo com as últimas informações do INPE, a equipe de trabalho na índia concluiu com sucesso a etapa do carregamento do tanque com hidrazina. O Amazonia 1 foi integrado ao MSA (Multi Satellite Assembly) do lançador PSLV no dia 18 de fevereiro. Juntamente com o Amazonia 1, foram integrados os satélites Sindhu Netra (India), Nanoconnect-2 (USA) e SpaceBee (12 ) (USA).

O Amazonia 1, que é a carga útil principal do lançamento C 51 do PSLV, será colocado numa órbita Sol síncrona com altitude média de 752 km acima da superfície da Terra. Os outros satélites, considerados cargas secundárias, serão colocados numa órbita com altitude média de 511 km acima da superfície da Terra.

No dia 19 de fevereiro de 2021, o Amazonia 1 foi transportado para a torre de lançamento e integrado ao quarto estágio do PSLV. Todas as atividades planejadas estão sendo executadas conforme o cronograma e foram concluídas com sucesso. 

Saiba mais sobre a missão

O satélite faz parte da chamada Missão Amazônia, criada para fornecer dados de sensoriamento remoto para observar e monitorar o desmatamento, especialmente na região amazônica. A missão também vai monitorar a agricultura em todo o território nacional com alta taxa de revisita, buscando atuar em sinergia com os programas ambientais existentes.

Esse será o terceiro satélite brasileiro de sensoriamento remoto em operação junto ao CBERS-4 e ao CBERS-4A. Esses dois últimos foram desenvolvidos pelo Brasil em parceria com a China.

Por dentro do satélite

O Amazônia-1 tem seis quilômetros de fios e 14 mil conexões elétricas. Trata-se de um satélite de órbita Sol síncrona (polar) que gerará imagens do planeta a cada cinco dias. Ele é capaz de observar uma faixa de aproximadamente 850 km, com 64 metros de resolução.

A vida útil do Amazônia-1 é de quatro anos. A missão ainda prevê o lançamento de mais dois satélites, o Amazônia-1B e o Amazônia-2.

"A Missão Amazônia irá consolidar o conhecimento do Brasil no desenvolvimento integral de uma missão espacial utilizando satélites estabilizados em três eixos, visto que os satélites de sensoriamento remoto anteriores foram desenvolvidos em cooperação com outros países", afirmou o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em nota.

"A indústria espacial brasileira terá ganho herança de voo nos equipamentos fabricados para o satélite, o que abre perspectivas para fornecimento a outros países e agências espaciais", acrescentou o instituto. (Fonte: Agência Brasil)



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