Schincariol: minoritários não querem venda para a Kirin

Nenhuma das partes pode ofertar suas ações a terceiros antes de garantir aos sócios o direito de preferência

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Os sócios minoritários da Schincariol, detentores de 49,55% das ações, divulgaram nesta terça-feira (2) comunicado no qual declaram não reconhecer a legitimidade do negócio fechado com a Kirin. O grupo japonês anunciou na segunda-feira a aquisição do controle da cervejaria brasileira por R$ 3,95 bilhões.

"Em defesa do Direito e dos interesses dos colaboradores, fornecedores e consumidores brasileiros, os acionistas que detêm 49,55% das ações do Grupo Schincariol declaram não reconhecer a legitimidade de qualquer negócio envolvendo a transferência das ações para terceiros", informaram os sócios, na nota.

Segundo os minoritários, nenhuma das partes pode ofertar suas ações a terceiros antes de garantir aos sócios o direito de preferência. "A legislação e o estatuto social da Schincariol são claros nesse sentido", afirmam. "Qualquer tentativa de violação a esse direito será levada a exame judicial, para cuja finalidade já foi contratado o escritório Teixeira, Martins & Advogados", acrescentam.

O comunicado é assinado por José Augusto Schincariol, Daniela Schincariol e Gilberto Schincariol Junior - primos dos irmãos Alexandre e Adriano Schincariol. A holding Aleadri-Schinni era até então detentora de 50,45% das ações da Schincariol.

Procurada pelo G1, a Schincariol informou, por meio de sua assessoria, que considera a operação já finalizada e que a transferência de ações já foi, inclusive, comunicada à Bolsa de Valores de Tóquio.

?Estou feliz com esta operação porque a Kirin tornará a Schincariol mais forte e será o sócio ideal para a família, que permanece na operação, garantindo valor ainda maior para as marcas do Grupo?, afirmou o CEO Adriano Schincariol, em comunicado divulgado ontem pelo grupo.

A empresa Kirin

No comunicado oficial sobre a aquisição do controle da cervejaria, o grupo japonês destacou que a a que a Schincariol é a segunda maior produtora de cervejas do Brasil, sendo conhecida pelas marcas Nova Schin, Devassa, Glacial, Baden Baden e Eisenbahn. O grupo também produz refrigerantes, sucos e água mineral, alcançando o terceiro lugar na produção de bebidas não-alcoólicas no país. A empresa tem uma rede com 13 fábricas em todo o Brasil.

A Kirin Holdings Company é uma empresa japonesa presidida pelo CEO Senji Miyake. Com sede em Tóquio, a companhia foi fundada em 1907 e teve uma arrecadação total de mais de R$ 40 bilhões em 2010, segundo o site oficial da empresa. A Kirin tem cerca de 32 mil empregados.

Conhecida por sua cerveja, a empresa japonesa produz diferentes tipos de bebidas alcoólicas e sem álcool. Além das cervejas, a empresa produz e distribui vinhos, uísque, chás, derivados de leite, sucos e água mineral.

"Para o consumidor brasileiro a chegada da Kirin, um dos mais importantes players mundiais e que ainda não operava em nosso País nos segmento de cervejas e refrigerantes, é um fator positivo, pois significa mais opção de escolha em um mercado cada vez mais competitivo e globalizado", destacou a holding Aleadri-Schinn, em comunicado.



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