Sem energia, Assembleia Legislativa da Bahia é cercada pelo Exército e há confronto

Cerca de 600 homens do Exército e 40 agentes do Comando de Operações Táticas (COT) estão no local.

Manifestantes entraram em confronto com policiais na Bahia. | Reprodução/TV Globo
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A Assembleia Legislativa da Bahia, no Centro Administrativo, foi cercada no início da manhã desta segunda-feira (6) para cumprir os 11 mandados de prisão contra policiais e bombeiros que estão acampados no prédio. Cerca de 600 homens do Exército e 40 agentes do Comando de Operações Táticas (COT) estão no local, segundo as Forças Armadas.

Soldados do Exército instalaram uma grade em uma operação de isolamento, como é chamada a manobra. Os policiais grevistas se colocaram em frente à rampa de entrada do prédio da Assembleia. Mulheres e crianças, familiares dos PMs grevistas, fazem um cordão de isolamento em torno do prédio. Um helicóptero do Exército sobrevoa o prédio da Assembleia.

Às 7h45, tiros de borracha foram disparados contra um grupo de manifestantes que avançou sobre o local onde soldados do Exército estavam posicionados. Duas pessoas ficaram feridas, uma na barriga e outra no pé. Os feridos, segundo o Exército, eram familiares dos PMs grevistas que foram impedidos de retornar ao prédio da Assembleia com alimento, água e medicamentos para os manifestantes.

Dois homens armados, que estavam no interior do prédio, tentaram sair em direção ao cordão de isolamento do Exército. Um novo tiro de borracha foi disparado em direção ao chão e os homens retornaram para rampa da Assembleia.

Às 8h30, os manifestantes se posicionam no jardim em frente ao prédio da Assembleia e cantam em protesto contra o Exército. O Exército voltou a disparar balas de borracha contra os manifestantes e spray de pimenta foi dispersado. Um homem chegou a ser detido por oficiais do Exército, mas foi liberado em seguida. Os manifestantes comemoraram a soltura.

Em entrevista à TV Bahia, o oficial de Comunicação do Exército, tenente Cunha, o Exército irá cumprir os 11 mandados de prisão. "Nosso objetivo é fazer o isolamento para trazer o pleno funcionamento do prédio da Assembleia Legislativa. Cabe à SSP definir como será feito. [quando perguntado se invasão do prédio da Assembleia será feito de forma pacífica].

Os grevistas recusaram a proposta de reajuste oferecida pelo governo de 6,5% reatroativo ao mês de janeiro. Além do aumento salarial proposto pelo Governo, a categoria reivindica o pagamento da Gratificação por Atividade de Polícia (GAP) IV e V, além da regulamentação do pagamento de auxílio acidente, insalubidade e periculosidade.



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