Seminário forma agentes de saúde para apoio no combate à hanseníase

O treinamento está sendo ministrado pelos técnicos do PMC.

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Considerando que os Agentes Comunitários de Saúde são o principal elo da atenção básica com a comunidade, e aproveitando o olhar mais próximo destes para detectar casos suspeitos, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) promove hoje um seminário sobre hanseníase voltado a estes profissionais.

O treinamento está sendo ministrado pelos técnicos do Programa Municipal de Controle de Hanseníase e está dividido em duas turmas com 126 participantes, uma pela manhã e outra pela tarde. Eles serão orientados com noções básicas sobre a doença, como fatores epidemiológicos, diagnóstico, tratamento, direitos do paciente de hanseníase, entre outros assuntos pertinentes.

Um desses participantes é Jorge Luís Araújo, que atua na UBS Dagmar Mazza, zona Sul. O agente conta que está no cargo há pouco tempo e por este motivo esta é a primeira vez que participa de uma capacitação sobre hanseníase, mas que está empolgado para receber os novos conhecimentos. “Eu acho muito importante estar sempre aprendendo, não só sobre esta como sobre outras doenças, pois assim poderei colaborar melhor com os trabalhos da minha equipe”, afirma ele.

O infectologista Kelsen Eulálio, coordenador do Programa de Hanseníase, acredita na importância do papel do agente no combate à doença por meio da prevenção. “Com as informações passadas hoje, eles podem identificar as pessoas com manchas suspeitas e encaminhar para o exame médico na Unidade Básica de Saúde da sua região o mais cedo possível”, afirma.

Kelsen Eulálio explica que o diagnóstico precoce é muito importante para o tratamento de hanseníase, pois evita que a doença evolua para sua forma mais grave, que pode causar deformidades e incapacidades físicas. “Antigamente, havia um estigma envolvendo os portadores de hanseníase, quando se acreditava que eles deveriam ser isolados para evitar a transmissão. No entanto, estudos mostram no primeiro mês de tratamento a pessoa já não transmite mais a doença e 95% dos bacilos são eliminados”, conta. O tratamento completo de hanseníase é gratuito, dura um ano e deve ser seguido rigorosamente para garantir a cura.

Segundos dados da FMS, foram detectados 70 novos casos de hanseníase em Teresina no primeiro quadrimestre de 2015. Já em 2014 foram 433 casos, dos quais 40 ocorreram em pessoas menores de 15 anos, número que chama a atenção dos gestores em saúde. “Indicadores como estes nos alertam ao fato de que a doença está ativa, ou seja, que adultos doentes estão passando a doença aos mais jovens. Daí a importância da capacitação”, explicou Kelsen Eulálio.



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