Sofia deixa Sorocaba e embarca para fazer sua cirurgia nos Estados Unidos

Bebê, acompanhada da mãe, viaja para Miami em avião com UTI

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A pequena Sofia Gonçalves de Lacerda, que tem apenas 6 meses de vida e sofre com uma doença rara, deixou nesta quarta-feira (2) o Hospital Samaritano de Sorocaba (SP), onde estava internada, para embarcar aos Estados Unidos, onde poderá fazer o transplante multivisceral de que precisa.

A menina decolou à 1h25 rumo a Boa Vista, em Roraima. De lá, após passar pela alfândega, a aeronave segue para Miami, no estado da Flórida. A previsão é que toda a viagem dure cerca de 15 horas.

Sofia saiu do hospital e foi levada de ambulância com a mãe, Patrícia Lacerda, ao Aeroporto Bertram Luiz Leupolz, em Sorocaba, onde o avião aguardava as duas, equipado com uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), médicos, enfermeiros e todos os equipamentos médicos necessários, custeados pelo governo federal.

Muito emocionada, Patrícia contou que esse era mais um objetivo alcançado. "Não imaginava que isso aconteceria. É mais uma batalha vencida, isso me dá gás para alcançar e conquistar essa guerra. É uma emoção sem fim. Quando chegarmos lá, vamos decretar a vitória", afirmou. O pai de Sofia, Gilson Gonçalves da Silva, também viaja para a Flórida na manhã desta quarta-feira, mas em um voo comercial.

Sofia e a família ficarão no Hospital Memorial Jackson, em Miami, onde a menina deve ser operada pelo médico brasileiro Rodrigo Viana. Ao chegar ao país, a criança passará por vários exames médicos e terá que esperar por um doador de órgãos compatível.

A luta de Sofia

O drama de Sofia começou assim que a família descobriu a doença. O bebê nasceu com síndrome de Berdon, uma enfermidade rara que provoca problemas no intestino, na bexiga e no estômago. A situação dela causou comoção e mobilização em todo o país após uma campanha na internet.

Para sobreviver, a menina precisa de um transplante de três órgãos, que custa mais de R$ 2 milhões. Desde que nasceu, ela já passou por três cirurgias, mas ainda necessita de atendimento especializado, que só pode ser feito nos Estados Unidos.

Desde que descobriu a doença, a família pediu ajuda financeira de todas as formas para conseguir uma viagem até os EUA. A campanha foi intitulada "Ajude a Sofia" e ganhou força nas redes sociais: quase 580 mil pessoas já curtiram e compartilharam a página, inclusive celebridades.

Desde que nasceu, no hospital da Universidade de Campinas (Unicamp), no interior de São Paulo, Sofia só saiu de lá para ser transferida para o Hospital Samaritano, em Sorocaba. A bebê nunca fez xixi ou cocô e só se alimenta por nutrição parenteral ? quando uma solução manipulada pelo médico é aplicada diretamente na corrente sanguínea.

Após diversas questões judiciais, o desembargador do Tribunal Regional Federal (TRF) determinou a transferência da menina para o Hospital das Clínicas, em São Paulo, onde ela passaria por novos exames que confirmassem a síndrome de Berdon e a possibilidade de realizar o transplante no Brasil.

No entanto, a família recusou um novo procedimento cirúrgico, e médicos especialistas também atestaram que a tecnologia nacional não era avançada o suficiente para realizar o transplante com sucesso. Dessa forma, a menina foi novamente encaminhada para o Hospital Samaritano, de onde saiu para ser levada aos Estados Unidos.

O nome de registro de nascimento da criança é com "ph" (Sophia), mas, em virtude de a campanha de ajuda ter sido iniciada com "Sofia", a própria família adotou essa grafia para evitar problemas com as doações.



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