Solta, Elize Matsunaga diz acreditar que marido assassinado a perdoou

Presa há 10 anos por matar Marcos Matsunaga, ela afirma, em vídeo divulgado por advogado, que 'não pode consertar o que fez', mas que está 'tendo uma segunda chance'.

Elize Matsunaga diz acreditar que marido assassinado a perdoou | Reprodução
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Elize Matsunaga afirmou, em vídeo divulgado pelo seu advogado nesta segunda-feira (30), que está "muito, muito feliz" com o novo momento e que acredita que o marido, Marcos Matsunaga, já a perdoou. Elize foi condenada e presa há 10 anos por matar e esquartejar o empresário. O crime aconteceu em 2012 em São Paulo.

Um contrato assinado com uma empresa audiovisual e ao livro que está escrevendo e deve ser lançado em breve, chamado "Piquenique no inferno" impede Elize de dar entrevistas, segundo ela.

Solta, Elize Matsunaga diz acreditar que marido assassinado a perdoou- Foto: Reprodução

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"Estou muito, muito feliz mesmo de ter vencido essa etapa, sei que teremos outras, uma nova etapa agora. Mas estou muito feliz por ter vencido, pelas pessoas que me apoiaram, pelas pessoas que compreenderam. Infelizmente não posso consertar o que passou, o que eu cometi, estou tendo uma segunda chance. Eu acredito na espiritualidade e acredito que ele [Marcos] já tenha me perdoado e peço por ele nas minhas orações", disse Elize.

Elize foi solta nesta tarde após a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) cumprir o alvará de soltura expedido pela Justiça. A bacharel em direito saiu da penitenciária Santa Maria Eufrásia Pelletier, em Tremembé, no interior paulista, na presença do advogado Luciano de Freitas Santoro.

O recurso foi pedido à Justiça pela defesa e concedido pelo Departamento Estadual de Execução Criminal da 9ª Região Administrativa Judiciária, o Deecrim de São José dos Campos.

Com isso, ela passa o restante do tempo de pena em liberdade, tendo que cumprir algumas regras, como informar periodicamente a ocupação e o endereço à Justiça.

Inicialmente, ela havia sido condenada a 19 anos e 11 meses de prisão, mas, em 2019, teve a pena reduzida para 16 anos e três meses pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Solta, Elize Matsunaga diz acreditar que marido assassinado a perdoou- Foto: Reprodução

Trabalho na prisão

Na penitenciária, onde cumpriu pena ao lado de detentas em crimes que causaram grande repercussão, como Suzane von Richthofen e Anna Jatobá, ela trabalhou no regime semiaberto para diminuir a pena.

Elize trabalhou na área da costura, ganhou salário e pôde ter direito às saídas temporárias. Ela chegou a divulgar que investiria em um negócio de roupas para pets.

Recentemente, após ter participado de um documentário, anunciou sua autobiografia, intitulada "Piquenique no Inferno", que escreveu à mão na prisão, para pedir perdão à filha, que está impedida de ver desde 2012. O g1 teve acesso a trechos do livro.

Durante as saídas temporárias, Elize chegou a exibir cartazes e a passar mensagens para a filha - a família do marido a proíbe de ter contato com a filha do casal, segundo ela.

Histórico do crime

O crime foi cometido em 19 de maio de 2012 no apartamento do casal, na Zona Oeste de São Paulo, e teve repercussão na imprensa por envolver uma bacharel de Direito casada com um empresário herdeiro da indústrias de alimentos Yoki. Ele tinha 42 anos à época e ela, 30.

O empresário foi baleado na cabeça com uma das 34 armas que o casal tinha na residência. Quatro eram de Elize, incluindo a pistola usada no crime. As demais pertenciam a Marcos.

Elize alegou à época que atirou em Marcos para se defender dele, que discutiu com ela e lhe agrediu com um tapa no rosto ao descobrir que Elize havia contratado um detetive particular para seguir o marido. O profissional havia descoberto mais uma das traições do empresário e o filmou com uma garota de programa.

Marcos, que já havia sido cliente de Elize no passado, quando ela se prostituía, gritou, segundo a bacharel, que tiraria a guarda da filha dela e a mataria.

Com medo de novas agressões e ameaças, já que contou ser sido vítima de violência doméstica em outras ocasiões, ela teria disparado a esmo para se defender.

A previsão inicial, com a pena atualizada, é que ela deixasse a prisão em 2028.



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