Soropositivos comemoram medicamento para tratamento no Piauí

Quem já faz uso dos três comprimidos deverá esperar mais um pouco para receber a nova medicação, mas a novidade já traz alegria para quem convive com a doença

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Os portadores de HIV receberam um reforço extra para combater o vírus, graças à liberação de um medicamento '3 em 1', que deverá beneficiar milhares de piauienses com Aids.

Inicialmente, o remédio será disponibilizado apenas para pacientes que iniciarem o tratamento em 2015 e deve chegar a todas as Unidades Dispensadoras de Remédios do Piauí na primeira quinzena de fevereiro.

Quem já faz uso dos três comprimidos deverá esperar mais um pouco para receber a nova medicação, mas a novidade já traz alegria para quem convive com a doença.

O universitário Expedito Oliveira (nome fictício) realiza o tratamento junto aos centros de referência da capital e, mesmo sem data para começar a tomar o remédio '3 em 1', comemora a novidade. "Descobri que era portador do HIV quando a doença estava em estágio avançado e já comecei o tratamento ingerindo oito comprimidos por dia.

Senti vários efeitos colaterais, especialmente causados pela sobrecarga que meu corpo sentiu pela quantidade de pílulas que tomava. Meus rins e fígado ficaram em frangalhos", conta.

A nova medicação vem a calhar para pacientes como Expedito e pessoas que recentemente descobriram ser portadoras do HIV. Segundo a enfermeira técnica em HIV/AIDS da Secretaria de Saúde, Juliana Amélia, espera-se um aumento na adesão de pessoas ao programa de assistência à pessoa com a doença. "Muitos pacientes decidem não fazer o tratamento do HIV porque tem vergonha da quantidade de remédio que precisam tomar.

Muitos escondiam as pílulas ou não as consumiam em público por medo do preconceito. Agora, que poderá tomar apenas um tipo de medicamento ao dia, o paciente só tem a ganhar", elucida a técnica.

Expedito concorda com Juliana. Segundo ele, não foi fácil aceitar que portava o vírus da Aids. E iniciar o tratamento foi mais doloroso ainda. "No meu caso, tive várias reações adversas.

Elas são normais porque o organismo ainda não está preparado para a quantidade de medicamentos ingeridos ao dia. Nos primeiros meses de tratamento, tive problemas de insônia, crises de comportamento e crises renais causadas pelos diferentes tipos de remédio que tomava.

Não é fácil conviver com uma doença estigmatizada e ainda sentir efeitos colaterais do remédio. A partir de agora, eu e muitos outros portadores poderemos ficar mais aliviados. Meu corpo agradece", diz o universitário.

A nova droga combina três medicamentos: Tenofovir, Lamivudina e Efavirenz. Dessa forma, o paciente só precisará tomar um comprimido, em vez de três. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 734 mil pessoas vivem com HIV ou Aids no Brasil, mas apenas cerca de 400 mil estão em tratamento.

O órgão investiu R$ 36 milhões para adquirir 7,3 milhões de comprimidos e estoque é suficiente para atender os pacientes nos próximos doze meses. A iniciativa coloca o Brasil entre os países que oferecem o que há de mais moderno no tratamento de pessoas soropositivas.

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