SP: Incêndio em Museu da Língua Portuguesa é extinto após 3 horas

Vistoria para avaliar estrutura do local deve ocorrer durante noite

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O incêndio de grandes proporções que atingiu o Museu da Língua Portuguesa, na região central de São Paulo, foi extinto por volta das 20h desta segunda-feira (21), após cerca de três horas de combate, segundo o comandante geral dos Bombeiros, Rogério Bernardes Duarte.

No momento, segundo ele, a corporação avalia a estrutura do prédio para identificar possíveis riscos de desabamento. "Estamos avaliando as condições das instalações, as paredes e o que sobrou do telhado, a fim de verificar se não há nenhum risco de queda parcial", apontou.

A vistoria para avaliar a estrutura do local deve ocorrer durante toda a noite de hoje e avançar pela madrugada. Ela será feita pelos bombeiros, Defesa Civil, a Prefeitura de São Paulo e uma equipe do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas).

A origem do incêndio ainda não foi identificada, como apontou Duarte, que destacou que o fogo não atingiu a Estação da Luz --que abrange o prédio histórico do século 19. O local, de acordo com ele, foi fechado apenas por medida de segurança.

Como informou presidente da CPTM, Paulo Magalhães, a estação Luz deve permanecer fechada nesta segunda. A sua reabertura depende do resultado da avaliação da estrutura do museu e, ainda que seja programada para amanhã (22), a liberação será parcial. Segundo ele, a entrada principal da estação, na Praça da Luz, permanecerá fechada.

O acesso será restrito à rua Mauá. Acredita-se que o fogo tenha começado por volta das 16h30 no primeiro andar do museu e rapidamente passou para os andares de cima.

Parte do telhado de todo o prédio histórico, que abrange também a Estação da Luz, foi destruída. O local não estava aberto para visitas. Um bombeiro civil, funcionário do local, morreu.

"Todo museu acabou sendo afetado, porque aquele lugar que não foi afetado pelo fogo, foi atingido direta ou indiretamente pela fumaça. Todo o edifício terá que passar por um processo de reformulação e reconstrução", descreveu o comandante, que disse que a chuva teria ajudado no combate do fogo, mas não teria sido decisiva.

O secretário de Cultura de SP, Marcelo Araújo, disse que o maior prejuízo material é a estrutura do prédio. Segundo ele, foram atingidos dois andares e ainda não é possível ter a dimensão do dano à estrutura do edifício. As salas mais afetadas foram as que recebem as exposições temporárias e as permanentes.

A parte mais antiga do prédio, onde está a área administrativa, não foi atingida pelas chamas.O acervo digital tanto das exposições permanentes como das temporárias também está resguardado, já que, segundo o secretário, há cópias dos materiais armazenados em outros lugares.

"Tudo poderá ser refeito."Araújo explicou ainda que o alvará das instalações é o mesmo para o prédio todo, que também abriga a estação Luz da CPTM. Ele disse ainda que o museu tinha todo o equipamento de segurança obrigatório. Mas, como confirmou Duarte, o complexo não tinha o aval do Corpo de Bombeiros. "A questão do licenciamento da edificação abrange várias providências e o aval dos Bombeiros é apenas uma delas, que ainda estava em processo de regularização."



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