Startup propõe uso de drones para combater mosquito da dengue; saiba como!

Solução permite fazer a liberação controlada de Aedes aegypti machos e estéreis em áreas urbanas para diminuir a população do inseto

Startup paulista propõe o uso de drones para erradicar o Aedes aegypti | Birdview/Divulgação
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A tecnologia inicialmente concebida para aplicação de biodefensivos visando o controle biológico de pragas agrícolas está sendo adaptada para combater a proliferação de mosquitos transmissores de doenças virais, como o Aedes aegypti, no ambiente urbano.

Desenvolvida pela empresa Birdview, sediada em São Manuel, no interior de São Paulo, com o apoio do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) da FAPESP, essa solução despertou o interesse de empresas especializadas na produção de Aedes aegypti estéreis no Brasil. O objetivo é contribuir para a erradicação de doenças como dengue, febre amarela, chikungunya e zika.

A tecnologia desenvolvida pela empresa dentro do escopo do Programa BIOTA-FAPESP consiste em um sistema modular de liberação e embalagem, integrado a drones, que realiza a soltura controlada de insetos adultos em áreas demarcadas, minimizando danos e estresses.

No contexto agrícola, essa tecnologia possibilita a liberação de insetos sobre as lavouras para combater pragas que são seus inimigos naturais. Em ambientes urbanos, a solução poderá ser utilizada para a liberação de Aedes aegypti machos e estéreis, visando o acasalamento com mosquitos fêmeas – responsáveis pela transmissão de vírus causadores de doenças e que copulam apenas uma vez na vida. Especialistas estimam que essa abordagem possa reduzir significativamente a população desses insetos.

Ao longo de seus oito anos de atividade, a empresa já conduziu mais de 15 mil voos para a liberação de biodefensivos, abrangendo uma extensão de mais de 1 milhão de hectares. Entre seus clientes estão as usinas São Martinho, São Manuel e a Suzano.

O projeto de liberação de mosquitos ainda está em fase experimental, e a empresa está buscando estabelecer parcerias com criadores de insetos estéreis, os quais seriam responsáveis pelos custos do serviço. Os valores envolvidos e o tempo necessário para que a intervenção produza efeitos estão sendo avaliados.



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