Chão cede e enorme cratera em sala de aula “engole” carteiras

Engenheiros vão elaborar um laudo do local para programar as obras. Diretoria de Ensino vai avaliar se os alunos irão para outras escolas

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Cratera abriu em uma das classes da Escola Estadual Lincoln Feliciano | Mariane Rossi/G1
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Engenheiros da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) estiveram na manhã desta sexta-feira (28) na Escola Estadual Lincoln Feliciano, em Cubatão, no litoral de São Paulo, onde uma enorme cratera surgiu em uma das salas de aula há cerca de uma semana.

Os técnicos avaliram a escola e a classe atingida. Eles não conseguiram entrar dentro do local por conta dos riscos estruturais. Após essa análise, um laudo deverá ser elaborado. A Diretoria Regional de Ensino vai avaliar se será preciso que os alunos sejam remanejados para outras unidades de ensino da região até que sejam feitas as obras necessárias no local.

A cratera apareceu na noite do dia 19 de setembro após uma forte ventania que atingiu a cidade. O acidente mudou a rotina dos alunos e professores na unidade. Enquanto o problema não é resolvido, metade da escola está interditada, as aulas estão sendo prejudicadas e as professoras e os pais das crianças estão com medo de um novo desabamento.

Segundo a diretora da escola, Sueli Coliri Iha, há mais de um mês ela diz que tem tentado resolver o problema estrutural da escola, sem sucesso. De acordo com Sueli, no final de agosto os alunos saíram da sala e o local foi isolado porque o piso estava cedendo. No mesmo dia ela comunicou o problema para a Diretoria Regional de Ensino. Um técnico da Fundação para o Desenvolvimento da Educação, que é responsável, entre outras coisas, por construir escolas, reformar, adequar e manter os prédios da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, foi até o local fazer uma análise e fez um relatório sobre o problema. Porém, segundo a diretora, ninguém deu um prazo para o conserto do piso daquela classe.

A sala ficou divida em dois espaços por conta de uma cratera de aproximadamente 7 metros de comprimento com cerca de 1 metro de altura. Ao todo, foram isoladas seis classes, das 14 existentes na unidade educacional. Os alunos que estudavam nas classes interditadas estão tendo que assistir as aulas no refeitório, no salão da escola e na sala de informática. As mães dos estudantes dizem que os filhos comentam sobre a estrutura da escola e a mudança na rotina das aulas. ?Eles se sentem prejudicados. Nós estamos apavoradas. A professora que tomava conta de 30 agora tem quase 70 alunos?, diz Vagna da Silva Gomes, mãe de uma aluna de 8 anos. Ela diz que as mães estão preocupadas com a situação da estrutura da escola e com medo de que o piso ceda a qualquer momento. Os pais acreditam que a escola foi construída em cima de um mangue e, por isso, há problemas estruturais por toda a parte.

A diretora diz que não suspendeu as aulas por conta de exames e porque não quer prejudicar o andamento do aprendizado dos alunos. ?Nós usamos o bom senso e afastamos eles do perigo. Nós estamos contornando a situação para garantir as aulas?, diz ela.



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