Agência rebaixa Nokia por fracasso em seus smartphones; confira

Empresa fica mais perto de perder status de “investimento” para a Moody“s

Presidente da Nokia, Stephen Elop: nota baixa para o Moody"s | AFP
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A agência de classificação financeira Moody"s rebaixou a nota da dívida da fabricante de celulares Nokia em dois níveis, para Baa2. O índice ainda mantém o status de "investment grade", que significa que a agência não vê riscos claros de que a companhia finlandesa deixe de pagar seus compromissos, mas já indica queda na capacidade da Nokia de competir no mercado de telefonia.

"A deterioração foi causada por uma perda de competitividade do portfolio de smartphones da Nokia, baseados no sistema operacional Symbian, e a transição para a plataforma Windows Mobile", afirma o analista do Moody"s, Wolfgang Draack, em seu comunicado. A Moody"s cortou a nota da Nokia em dois graus, e os títulos da dívida da empresa estão agora a dois degraus de deixar de ter a recomendação de investimento da agência.

Draack cita ainda a "pressão" pela queda de preços dos aparelhos e o fato de existirem "lacunas no portfolio da companhia, que só agora estão sendo preenchidas".

Perda da liderança

A Nokia encerrou o segundo trimestre de 2011 com prejuízo de 492 milhões de euros, revertendo resultado positivo de um ano antes e perdendo a liderança do mercado de smartphones para a Apple.

A deterioração foi causada por uma perda de competitividade do portfolio de smartphones da Nokia"

Wolfgang Draack, da Moody"s

O grupo finlandês vendeu 16,7 milhões de smartphones no período, perdendo o posto de maior fabricante de celulares inteligentes para a Apple, que vendeu 20,3 milhões de unidades do iPhone.

A empresa finlandesa criou o mercado de smartphones em 1996 com o primeiro modelo Communicator, mas nos últimos anos não conseguiu responder ao crescimento no segmento das rivais Apple e Research in Motion, além de HTC e Samsung, que utilizam o sistema operacional Android, do Google.

Além do fracasso no mercado de smartphones, com maior potencial de crescimento e margem de lucro mais interessante que a de aparelhos simples, a Nokia amarga ainda queda no número total de telefones vendidos. No trimestre, a empresa teve queda de 20% no volume de vendas em unidades. No pior período em 5 anos, a companhia registrou 88,5 milhões de aparelhos vendidos.

"O caminho de recuperação da Nokia será longo. A deterioração da performance da empresa em smartphones mostra que tempo é a essência na reconstrução de um portfólio coerente de produtos baseados no Windows Phone 7 em 2012", afirmou o analista Geoff Blaber, da CCS.



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